Comida escassa, pouco dinheiro e muito trabalho: Cordeiros falam sobre sua rotina

Para os cordeiros entrevistados, poucas são as vantagens de exercer esse cargo. Entre as constantes reclamações, eles citam a comida e água escassas, o baixo valor recebido por dia, o trabalho cansativo e sem hora, e principalmente o desrespeito por parte dos blocos e dos foliões.

Para Edilene Gonçalves, de 45 anos, a falta de respeito por parte dos blocos é o fator mais preocupante para os trabalhadores. Ela conta que entre as dificuldades, está a de possuir um horário marcado para trabalhar, mas só inicia quando os responsáveis solicitam.

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"Marcam com a gente um horário e quando vai sair é outra hora. Ontem marcaram com a gente 12h e o bloco só foi sair 19h da noite", afirmou Edilene. 

Outro problema relatado é a falta de alimentos que sustentem o intenso trabalho dos cordeiros: "Nós ganhamos apenas duas bolachas, duas águas e um suco".

A cordeira Beatriz eliene de jesus, de 25 anos, afirmou que o dinheiro que eles recebem é muito pouco: "Nós recebemos 70 reais por dia, é muito pouco para o que a gente gasta de transporte e também para os empurrões que a gente toma".