Olimpíadas

Brasil é racista, machista e homofóbico, diz Joanna Maranhão após ser eliminada

Publicado em 09/08/2016, às 17h16   Redação Bocão News



Após ser eliminada da fase classificatória dos 200 metros borboleta dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a nadadora Joanna Maranhão falou, nesta terça-feira (9), durante uma entrevista, sobre ataques preconceituosos e machistas que tem recebido através das redes sociais.
“Ontem à noite foi o dia mais difícil para mim. Tentei ficar fora de rede social, mas fui no Facebook e vi uma enxurrada de críticas, ataques. Alguns dizem que eu merecia ser enxutada, que minha história é uma grande mentira. Eu tentei segurar a onda, mas agora eu desabafei. É muito duro receber”, desabafou.
Conhecida pelo seu desempeno nas piscinas, Joanna já foi alvo de críticas por se posicionar politicamente contra o conservadorismo, a redução da maioridade penal e figuras como Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro. 
Na entrevista, a atleta revelou que voltou a ser xingada pelas suas posições políticas e saiu em defesa do governo da presidente afastada Dilma Rousseff quando comentou a medalha de ouro da judoca Rafaela Silva.
Veja o principal trecho do depoimento da nadadora: 
“O Brasil é um país muito racista, preconceituoso, homofóbico, voltado ao futebol e os ataques que são feitos lá, as pessoas pensam que não afeta. Eu sempre me posicionei politicamente, porque sinto que todo ser humano tem um papel a fazer, mas eu quero um país para todo mundo. Não quero que a Tais Araújo seja chamada de ‘macaca’, que a Rafaela Silva seja chamada de ‘decepção’, amarelona'”
Com informações do site Revista Forum

Classificação Indicativa: Livre

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