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Polícia resgata mais de 40 animais de casa usada como "fábrica de filhotes"

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Publicado em 26/04/2021, às 08h48   Redação BNews



Foram resgatados 33 cães e 10 gatos de uma casa, usada clandestinamente como "fábrica de filhotes", na região do Jaçanã, Zona Norte de São Paulo, no sábado (24). Um cachorro e um felino morreram, logo após o salvamento. As informações são do jornal Agora.

Segundo a reportagem, todos os animais, a maioria filhotes, eram mantidos sem água nem alimentos, em meio à sujeira na casa de uma mulher, de 44 anos, presa em flagrante por maus-tratos. Em audiência de custódia, no domingo (25), ela recebeu liberdade provisória, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

À polícia, a mulher afirmou pegar os animais na rua "para fins de adoção", porém admitiu já ter vendido “vários cachorros”. Todos os animais mantidos na casa da suspeita são sem raça definida. A mulher acrescentou, ainda em seu interrogatório, levar os bichos para uma feira, que ocorre clandestinamente às margens da Avenida Jacu-Pêssego, na Zona Leste, onde os trocava por ração ou os vendia por R$ 70. Ela argumentou negociar os filhotes pelo fato de estar desempregada.

A polícia e a guarda civil chegaram ao local após a protetora independente, Débora Meira de Souza, 28 anos, receber uma denúncia anônima afirmando que cães e gatos eram mantidos em condições degradantes em uma casa na zona norte. “Foi informado sobre todo o sofrimento deles, como ficar sob a chuva ou sol forte, em um porão, sem água ou comida, em um estado deplorável”, explicou.

Além disso, a denúncia indicou que fêmeas no cio eram soltas na rua, onde acabavam sendo fecundadas e, após parir, seus filhotes eram levados para feiras clandestinas, onde eram vendidos como cães de raça. Segundo imagens feitas com celular, os cachorros eram mantidos em cercadinhos, aglomerados, sem água ou alimentos. Um filhote, mostram as imagens, não consegue se movimentar, por estar muito fraco. Um gato, inclusive, era mantido preso dentro de uma gaiola de aves.

O veterinário Vithor David Serrelli acompanhou todo o resgate dos cães e gatos, que também viviam em meio a fezes e urina. Ele explicou que um filhotinho de cachorro e um gato morreram após o resgate. “O cão estava muito debilitado, por conta de uma parvovirose, e não resistiu. Já o gato precisamos sacrificar, pois estava mal e com uma doença transmissível a humanos”, explicou.

Os demais animais, acrescentou, estão estáveis e já foram medicados. Serrelli destacou algumas características do ambiente em que os animais eram mantidos. São elas: local com fezes e urina, sem limpeza ou higiene dos animais, pouco espaço para uma grande quantidade de bichos, permanência de animais doentes junto com saudáveis, além da falta de água e alimento já mencionada.

Os protetores precisam de ajuda com lares temporários, ração e dinheiro para dar continuidade ao tratamento dos animais resgatados. Quem quiser ajudar pode mandar mensagem para o email [email protected] ou ainda pelo Instagram @debs.meira01.

Classificação Indicativa: Livre

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