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Luto pela morte do pet: Psicóloga explica como lidar com as crianças e a perda do animal de estimação

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Publicado em 20/05/2021, às 12h20   Adelia Felix


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Dizer adeus a quem nos dedicou um amor imensurável não é fácil. Assim como a morte de um familiar ou amigo nos causa dor, ter que se despedir para sempre de um pet também pode ser penoso, segundo a psicóloga e neuropsicóloga Luciana Caldas. 

“O luto pela morte de um animal de estimação pode ser tão doloroso quanto qualquer outro. A intensidade e a duração de cada etapa do luto dependem especialmente dos recursos emocionais, da rede de apoio e da relação que se mantem com quem morreu, seja um animal ou uma pessoa”, explica a especialista.

Entre as crianças, o luto pela morte do animal de estimação pode ser profundo a ponto de abalar o bem-estar mental. Por isso, assim como em outros momentos da vida dos menorzinhos, explicar sobre o luto vai exigir alguns cuidados dos pais. 

A psicóloga explica que a criança tende a misturar fantasia com a realidade, e muitas vezes possui um entendimento literal daquilo que é dito pelo adulto. “É muito importante que tenhamos cuidado e clareza ao tratarmos desse tema com ela, explicando o que aconteceu, usando expressões que facilitem a compreensão, respondendo as dúvidas e oferecendo o acolhimento necessário. Falar a verdade é fundamental”, aconselha.

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De acordo com a psicóloga, uma cerimônia de despedida para o animal pode ajudar a amenizar a dor nesse processo natural que está relacionado a forma como vivenciamos e ressignificamos as perdas na vida. 

“O ritual de despedida é importante para o processo de luto, pois ele ajuda na elaboração da perda. Mas a pessoa deve escolher o que e como fazer, sem pressão ou nenhum tipo de obrigatoriedade”, diz.

Ainda de acordo com a especialista, é natural que durante o processo do luto, que geralmente se estrutura em fases, a exemplo de negação, raiva, barganha, depressão e aceitação, a criança apresente mudanças no comportamento. Neste momento, é importante avaliar a ajuda profissional de um psicólogo caso ela não consiga lidar com as emoções por um logo período.

“É comum que a criança mude hábitos alimentares, durma mal, se isole ou demonstre desinteresse por atividades do dia a dia. Mas, geralmente, é uma mudança temporária e, aos poucos, tudo vai voltando ao normal. Caso isso não aconteça, ou a criança não consiga expressar suas emoções para as pessoas que confia, é importante buscar ajuda profissional”, finaliza.

Apesar do sofrimento que a morte traz, esse não pode ser um motivo para abdicar da experiência de conviver com um animal, principalmente, durante a pandemia de covid-19, que impôs o distanciamento social. Pois, adotar um pet estimula o desenvolvimento socioemocional da criança.

Serviço
Luciana Caldas (Psicóloga e Neuropsicóloga - CRP 03-4960)
Telefone: (71) 98687-6466
Instagram: @psicologalucianacaldas

Classificação Indicativa: Livre

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