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Jovem autista é barrado no metrô por estar com cão de serviço

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“Eu disse que era autista, mas o guarda falou que o cachorro não era (autista)”, contou o jovem  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 22/11/2021, às 16h34   Redação BNews


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Arthur Skyler Santana, jovem autista de 22 anos, foi barrado em uma estação da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), por estar com um cachorro, da raça pastor-belga-malinois, que usa como apoio para situações de crise. 

Nas redes sociais, Arthur contou que ele e seu cachorro, Atlas, foram barrados mesmo após o jovem dizer que trabalha como adestrador de animais e apresentar o laudo médico, o cartão de vacinação, crachá do animal e cópias da Lei da Pessoa com Deficiência. “Eu disse que era autista, mas o guarda falou que o cachorro não era (autista)”, contou o jovem. Arthur ainda disse que o segurança afirmou que a lei não se aplicava ao metrô. 

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Arthur ainda contou: “No fim, ele disse que eu seria barrado de agora em diante todas às vezes. Tirou fotos minhas, do meu cão, da lei, de tudo e continuou dizendo que a lei não se aplica a eles”. Arthur desabafou: “Eu sou autista e Atlas é meu cão de serviço, treinado pra me ajudar. Ele me dá independência e me ajuda a superar crises diariamente”.

Antrônio Lázaro Neto, advogado de Arthur, explicou que, por lei, seu cliente pode usar um cão serviço. “Isso ocorre pelo fato de a Lei 12.764 de 2021 assegurar às pessoas autistas os direitos já garantido às pessoas com deficiência”, disse o advogado. Ele ainda completou: “A Lei 6637/2020 no seu artigo 4º prevê de forma expressa o uso do cão para facilitar a autonomia pessoal das pessoas autistas. Por isso, não resta dúvida que a conduta dos funcionários que barraram o Arthur e o cão é totalmente contrária à legislação brasileira”. 

Em nota, o Metrô-DF negou ao site Metrópoles que o jovem foi impedido de entrar no sistema, contudo, afirmou que ele precisou esperar cerca de 20 minutos para ser liberado. A companhia disse: “Por esse motivo, o usuário precisou aguardar na linha de bloqueio por cerca de 20 minutos. Posteriormente, o embarque foi autorizado. A Companhia informa ainda que a equipe está sendo orientada para que o atendimento a casos análogos tenham respostas mais ágeis”.

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