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Coreia do Sul aprova lei que proíbe consumo de carne de cachorro; entenda

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Lei obteve 208 votos a favor e nenhum contra na Assembleia Nacional  |   Bnews - Divulgação Ilustrativa/ Imagem de M. por Pixabay

Publicado em 11/01/2024, às 12h00 - Atualizado às 12h00   Cadastrado por Mariana De Siervi


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O Parlamento da Coreia do Sul aprovou, nesta terça-feira (09), uma lei que proíbe o consumo e a venda de carne de cachorro, uma prática tradicional no país, mas criticada por ativistas de proteção animal.

A lei obteve 208 votos a favor e nenhum contra na Assembleia Nacional. Ela entrará em vigor após um período de três anos, assim que receber a aprovação final do presidente Yoon Suk-yeol. O abate de cães e a venda de sua carne para consumo serão punidos com até três anos de prisão ou multa de até 30 milhões de wones (aproximadamente R$111,4 mil).

A carne de cachorro tem sido parte da culinária sul-coreana por muito tempo. Estima-se que, em um único ano, um milhão de cães foram abatidos, mas esse número diminuiu com o tempo devido à crescente adoção de cães como animais de estimação.

Atualmente, comer carne de cachorro é considerado tabu entre os jovens urbanos da Coreia do Sul, e os ativistas aumentam a pressão sobre o governo para proibir o consumo. Nos últimos anos, essa prática tem sido restrita principalmente aos mais idosos e a restaurantes específicos.

Uma pesquisa, divulgada por uma organização de bem-estar animal, revelou que nove em cada dez pessoas no país afirmaram que não comeriam carne de cachorro no futuro. Os ativistas argumentam que a maioria dos cães é eletrocutada ou morta de forma cruel, embora criadores e comerciantes afirmem que fizeram progressos para tornar ou diminuir menos doloroso.

O número de animais de estimação aumentou ao longo dos anos na Coreia do Sul. Em 2022, um em cada quatro lares coreanos possuía um cachorro de estimação, em comparação com 16% em 2010, de acordo com dados do governo.

O governo sul-coreano estima que, em abril de 2022, cerca de 1.100 fazendas criaram 570 milhões de cães para serem servidos em aproximadamente 1.600 restaurantes. A associação de fazendeiros afirma que a exclusão afetará 3.500 fazendas que criarão 1,5 milhão de cães, bem como 3.000 restaurantes.

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