BNews Pet

Entenda como funciona o microchip para cães e as vantagens do acessório para o pet

Arquivo Pessoal
Quais os melhores modelos de microchip para cães? Eles têm GPS? Cãolunista tira dúvidas sobre o tema  |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal

Publicado em 11/02/2022, às 05h00   Oreo, o Cãolunista


FacebookTwitterWhatsApp

Voltei, meus fãs! E hoje vou falar sobre um assunto que pouca gente conhece detalhadamente: microchips para cães. ‘Mas, Oreo, como isso funciona?”. Fique calmo, humano, porque eu vou explicar tudo e tirar dúvidas sobre esse acessório tão importante para vocês e também para os pets.

Todo mundo já está cansado de saber que a coleira de identificação dos pets é super importante, principalmente se seu amigo peludo vai muito à rua. Mas, você já parou para se perguntar o que pode acontecer caso ele se perca e perca também a coleira que contém a plaquinha com a identificação dele?

Acompanhei atento o caso da cachorrinha Pandora, que se perdeu no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e passou 45 dias desaparecida, para o desespero dos tutores. Graças ao Deus canino, ela foi encontrada e, apesar de estar debilitada, tenho certeza que ficará bem de saúde.

[Colocar ALT]
Cachorra Pandora encontrada 45 dias após fugir em aeroporto

Nesse caso de Pandora, provavelmente, se ela estivesse com um microchip implantado no corpo, o desfecho da situação seria o mesmo, com alguém encontrando ela e avisando aos donos. Isso acontece porque o chip de identificação que fica sob a pele do cachorro (e existem vários) não tem a função de GPS. O que existem são as informações dos tutores gravadas nele - como uma espécie de pendrive, só que subcutâneo.

Ainda não entenderam?! Calma, que eu vou explicar melhor!! O chip é implantado entre as escápulas do cachorro com a ajuda de uma agulha. Além do microchip, existe hoje o nano chip, com menor diâmetro, colocado com agulha também menor, tornando o procedimento mais confortável para o pet. 

O chip implantado uma única vez contém informações que podem ser lidas por meio de um aparelho específico, que deveria ser obrigatório (mas não é) em todas as clínicas veterinárias do país. Aliás, todos os cachorros do Brasil deveriam ter chips subcutâneos.

Esse procedimento já é obrigatório em países como Uruguai, Cingapura, Hong Kong, Israel, Japão, Noruega, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Vietnã, Taiwan, além de todos os países da União Europeia. Aliás, para entrar nesses países, qualquer animal precisa ser “chipado” - isso aconteceu com a minha falecida tia Gigi, quando ela foi para Portugal. 

‘Mas, Oreo, por que você disse que, no caso de Pandora, o desfecho não seria diferente se ela tivesse um chip?’. Não seria, porque ela ficou perdida dentro do terreno do aeroporto, ou seja, ninguém encontrou ela. Além disso, como o caso ganhou repercussão da imprensa, quando avistaram aquela vira-lata caramelo linda, já sabiam que se tratava de Pandora.

[Colocar ALT]
Microchip veterinário

No caso dos cachorros “não midiáticos” que se perdem ou são retirados de seus lares, se eles tiverem um chip, quando localizados por qualquer pessoa, podem ser encaminhados a um veterinário, que fará a leitura dos dados contidos naquele chip, possibilitando saber quem é o dono do animal.

Mas, lembre-se, humano, o chip implantado sob a pele do pet não tem a função de GPS, ou seja, não permite que seja dada a localização em tempo real do animal. Uma alternativa é a adoção do microchip em conjunto com coleiras que contenham dispositivos GPS, com sistema conectado diretamente no celular do tutor.

Sabe aqueles casos que a gente vê de doguinhos que fogem por causa do medo de fogos de artifício, ou cachorros que são cruelmente roubados de seus donos durante os passeios? Esses casos podem ser solucionados com a ajuda de um dispositivo GPS acoplado ao animal. E agora, qual dos dois escolher, Oreo? Olha, se eu fosse vocês (ouçam, meus humanos!) escolheria as duas opções para ter mais segurança.

Abaixo, vou listar para vocês as características de cada uma das tecnologias.

Microchip:

  • Custo médio entre R$ 150 e R$ 200 no Brasil;

  • Usado apenas como identificador de dados;

  • Não é necessário fazer recarga - ele é biodegradável e se decompõem naturalmente em 100 anos;

  • É resistente à água;

  • No entanto, não existe um banco de dados unificado no Brasil, sendo necessário que o tutor cadastre o animal em todos os disponíveis;

  • Para fazer a leitura, é necessário um leitor internacional do chip.

GPS:

  • Pode ser utilizado como localizador universal;

  • Possui aplicativo de rastreio para celular;

  • É conectado a wi-fi e sistema de wireless;

  • Alguns modelos precisam trocar ou recarregar a bateria;

  • Coleiras com modelos resistentes à água;

  • Possui botão de emergência que pode ser acionado para notificar o tutor;

  • Preços variados e funções diversas dependendo da marca.

É isso, humanos!! Espero que tenham tirado as dúvidas sobre os chips implantados em cães e os dispositivos GPS, bem como entendido que esse investimento pode poupar a você muito sofrimento em caso de perda do seu animalzinho. Procure um veterinário e veja a melhor opção para você. Eu volto na semana que vem com mais dicas sobre o mundo dos pets. Fui!!

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp