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Estudo aponta qual faixa etária mais atingida em acidentes com cães; saiba principais raças envolvidas

Jill Wellington por Pixabay
Acidentes com cães, geralmente, fazem de vítimas crianças de sete a 14 anos  |   Bnews - Divulgação Jill Wellington por Pixabay
Milena Ribeiro

por Milena Ribeiro

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Publicado em 05/10/2023, às 15h01



Um estudo mostrou que meninos de sete a 14 anos são as principais vítimas em acidentes envolvendo cães. As agressões tendem a causar fraturas, infecções, cicatrizes e traumas psicológicos. A pesquisa foi realizada com dados do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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No período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019, a pesquisa concluiu que foram realizados 1,012 atendimentos voltados a acidentes com cachorros. O público mais atingido foram as crianças do sexo masculino. A maioria teve ferimentos na cabeça e no pescoço.

Além disso, o estudo apontou que a maioria dos ataques foram acidentes e aconteceram em ambientes externos, 68,2%. A pesquisa ainda utilizou dados da Unidade de Emergência Referenciada Infantil do hospital.

"Verificamos que as crianças mais novas sofrem mais lesões localizadas na cabeça e no pescoço, provocadas em acidentes que ocorrem com cães de contato habitual, dentro da própria casa, por causa provocada, dependente da interação da criança com o animal. À medida que a idade aumenta, cresce o número de lesões localizadas em membros superiores e inferiores, como braços e pernas, em ataques de causa acidental, em ambientes externos", disse a médica pediatra responsável pela pesquisa, Michelle Marchi de Medeiros.

Acidentes com cães

Principais vítimas:
Crianças do sexo masculino (65,2%)
Crianças do sexo feminino (34,8%)

Faixa etária mais atingida:
7 a 14 anos – 498 crianças (49,2%)
4 a 6 anos – 268 crianças (26,5%)
0 a 3 anos – 246 crianças (24,3%)

Locais mais comuns da lesão:
Região da cabeça e pescoço (37,4%)
Membros superiores (34%)
Membros inferiores (27,9%)
Tronco (9,4%)
Mucosas (1,4%)

Causa:
Acidental (64,9%)

Raça:
Sem raça definida (SRD) (36,2%)
Pit bull (3,6%)
Pastor alemão (1,4%)
Poodle (1,3%)

A pediatra Andrea Fraga analisou que os acidentes são grandes problemas de saúde pública nos países em desenvolvimento.

"Esses dados são úteis para o desenvolvimento de medidas preventivas direcionadas a cada faixa etária da pediatria, incluindo oferecer orientação aos pais, tutores de cães e crianças maiores e desenvolver políticas públicas buscando o controle da população animal abandonada nas ruas e o incentivo à posse consciente de animais domésticos", comentou Fraga.

No estudo, 26 raças foram documentas, mas quase metade das fichas de atendimento não falava sobre a raça do cachorro.

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