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Pet? Quati criado como animal de estimação ataca mulher e idoso; veja detalhes

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Quati criado como animal de estimação ataca dono de casa na qual ele habitava, no Paraná  |   Bnews - Divulgação Arquivo pessoal
Milena Ribeiro

por Milena Ribeiro

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Publicado em 02/08/2023, às 08h36


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Uma mulher, de 42 anos, que não teve sua identidade revelada, foi atacada por um quati, em Brasilândia do Sul, no noroeste do Paraná, netsa segunda-feira (31). Um idoso, de 86 anos, que considerava o bichinho como animal de estimação, também foi atacado.

O quati estava no quintal da casa do idoso, de acordo com a Polícia Militar (PM), que não informou se ele tinha licença para manter o animal.

Os agentes ainda informaram que a mulher teve cortes profundos pelo corpo e foi socorrida por moradores das imediações. Na tentativa de ajudá-la, o idoso também foi atacado.

A mulher teve cortes profundos pelo corpo e, inicialmente, foi encaminhada para uma unidade de saúde do município. Contudo, ela precisou ser transferida para o Hospital de Umuarama, outro município do Paraná. Já o homem teve ferimenos sem gravidade, segundo a PM.

A Polícia Ambiental e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), estiveram no local para a remoção do animal. As autoridades, porém, não disseram para onde o animal foi levado.

Perigos de cuidar de um animal silvestre

Ao BNews, a bióloga, mestre em Ciências Ambientais, Elisa Maria Gonçalves, explicou os principais riscos de criar um animal silvestre como bichinho de estimação.

"Entre os perigos está o ataque do animal ao adestrador. O animal não estará em seu habitat natural, e provavelmente nem com outros animais da mesma espécie, o que gera estresse no animal causando estranhamento e respostas de defesa.O animal também perde a sua função na natureza", explicou Elisa.

Ela ainda acrescentou: "“Os animais silvestres quando retirados de seus habitats naturais podem chegar sem vida em seu destino. Esses animais não terão seus ciclos de desenvolvimento preservados, além de não terem suas necessidades de vida atendidas, pois o processo de domesticação pode demorar anos".

O que fazer quando encontrar um animal silvestre em casa?

A orientação dos especialistas é não se aproximar e nem alimentar nenhum animal silvestre. O ideal é que, caso o bicho esteja em um espaço domiciliar, a Guarda Civil Municipal (GCM) seja acionada. A corporação ainda pede para que a pessoa observe a localização exata do animal para que os agentes o encontre com mais facilidade.

Se a pessoa encontrar um animal silvestre, além da Guarda Municipal, ela também pode acionar o Corpo de Bombeiros através do 193 e a Polícia Militar através do 190.

E se encontrar um animal silvestre na estrada?

O analista ambiental e superintendente estadual substituto do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Alberto Santana, explicou que, se o bichinho "estiver atravessando uma estrada, mas estiver nas mediações do seu habitat, o que deve ser feito é tentar afugentá-lo para evitar que ele seja atropelado".

Contudo, se o animal estiver ferido ou debilitado, Alberto pontuou que "se a "rodovia for pedagiada, deve-se ligar imediatamente para a concessionária para que ela faça o resgate e o encaminhe para uma clínica veterinária".

Em seguida, seria " conduzido para um centro de triagem de animais silvestres, do Ibama ou Inema [Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos], no caso, no estado da Bahia", disse ele.

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