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Populares impedem sucuri de dar fim em macaco e podem pagar multa; entenda

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Vídeo mostra momento em que sucuri tenta dar fim em macaco e primata 'pede' socorro  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais
Milena Ribeiro

por Milena Ribeiro

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Publicado em 30/08/2023, às 11h06


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Um macaco-prego foi visto agonizando por socorro enquanto recebia o famoso ‘abraço da morte’ de uma sucuri. As imagens viralizaram recentemente, mas o caso aconteceu em agosto de 2022, na cidade de Bonito, em Mato Grosso do Sul.

Nas imagens, deu para notar que o primata estava sendo estrangulado pela cobra e, apesar de ter tentado escapar, sabia que não conseguiria sobreviver se não tivesse ajuda de humanos. Ofegante, o animal se agarrou às margens do rio Formoso e deixou os turistas comovidos.

Ainda no vídeo, deu para ouvir uma pessoa dizer: “Não pode mexer, não pode mexer”. Contudo, outros turistas não se contiveram e resolveram tentar salvar o macaco. "Tadinho, ele está desesperado, tem criança aqui que vai ver ele morrer, coitado", pontuou outra.

No fim, algumas pessoas puxaram a cobra e conseguiram desvencilhar os animais, que, em seguida, foram soltos na natureza.

Veja vídeo:

Tudo acabou bem? Populares correm risco de sofrer multa

O biólogo Henrique Abrahão Charles, apesar de afirmar entender a atitude dos humanos, disse que as pessoas não deveriam ter interferido. "Sucuris se alimentam de macacos, existem vários relatos e registros, no entanto, mesmo sabendo que é algo natural, as pessoas se comovem em ver uma cena dessas, mas não devemos esquecer que interferir na vida de um animal silvestre é errado", disse ao G1.

Já a capitã da Polícia Militar Ambiental, Thamara Mora, alertou sobre os problemas da interferência humana nos animais silvestres e pontuou que quem cometer tal ato pode ter que pagar uma multa.

"Temos que entender que existe uma cadeia alimentar na natureza, existem animais que se alimentam de plantas, outros de frutos e outros animais. E as pessoas não podem interferir, isso causa um desequilíbrio ecológico e é crime, por mais que a situação comova", contou.

Thamara contou que a interferência é considerada maus-tratos e pode causar multa de R$ 500 a R$ 3.000 por indivíduo.

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