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Por que achamos cachorros tão fofos? Veja o que diz a ciência

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Um estudo da Universidade Duquesne, nos Estados Unidos, explica porque vemos tanta fofura nos cachorros  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram (@ap0l0pug)

Publicado em 24/04/2022, às 17h24   Redação BNews


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Como olhar para um cachorro com cara de “pidão” e não se derreter com tanta fofura? A ciência e a genética explica porque os humanos simplesmente não conseguem resistir ao chame dos pets e sempre acabam com os corações derretidos aos se deparar com certas feições dos animais de estimação. De acordo com um estudo da Universidade Duquesne, nos Estados Unidos, características anatômicas presentes nos cães apontam que uma ligação entre as duas espécies podem explicar o fenômeno.

Conforme descoberto pelos pesquisadores, os músculos da "sobrancelha" que contorcem os rostos caninos nas expressões fofas não estão presentes em lobos, o parente mais próximo da espécie. De acordo com o Uol, em razão disso, os estudiosos acreditarem que essa musculatura surgiu nos cachorros depois que eles foram domesticados pelos seres humanos.

“O movimento interno da sobrancelha levantada em cães é impulsionado por um músculo que não existe consistentemente em seu parente vivo mais próximo, o lobo", aponta Anne Burrows, anatomista da Universidade de Duquesne.

A psicóloga evolucionista Bridget Waller, da Universidade de Portsmouth, do Reino Unido, também explica o fenômeno. "Esse movimento faz os olhos de um cachorro parecerem maiores, dando-lhes uma aparência infantil. Eles também podem imitar o movimento facial que os humanos fazem quando estão tristes", contextualiza.

O estudo também aponta que essa mudança na "expressão" dos animais é algo superficial que a genética também explica. Segundo o estudo, além da musculatura, as estruturas desses músculos dos cães também são diferentes das dos lobos. Internamente, a composição dessa parte do rosto cão acabou sofrendo transformações, ganhando cada vez mais semelhança com a dos humanos.

Os músculo ao redor da boca, científicamente chamado de orbicularis oris mostram que cães e humanos têm mais fibras musculares de contração rápida em relação às fibras de contração lenta. Os lobos, por outro lado, possuem mais fibras de contração lenta.

"Ao longo do processo de domesticação, os humanos podem ter criado cães seletivamente com base em expressões faciais semelhantes às suas, e com o tempo os músculos dos cães podem ter evoluído para se tornarem 'mais rápidos', beneficiando ainda mais a comunicação entre cães e humanos", explicou a anatomista.

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