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Saiba mais sobre a esporotricose, doença transmitida por gatos e como ela afeta os pets

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Doença transmitida por gatos pode afetar gravemente os animais  |   Bnews - Divulgação Ilustrativa / FreePik
Natane Ramos

por Natane Ramos

Publicado em 07/11/2023, às 16h26


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A esporotricose é uma doença que atinge os gatos e pode ser transmitida para os seres humanos. A enfermidade é um fungo que se desenvolve em climas quentes e úmidos, apresentando lesões que atingem a epiderme, a derme e os músculos dos felinos.


Apesar dos humanos estarem suscetíveis a doença, a esporotricose é mais branda nas pessoas e cachorros. Entretanto, nos felinos a enfermidade pode ser letal.

A médica veterinária e professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi, Paola Frizzo, explicou sobre os três diferentes tipos de esporotricose. "É uma micose de potencial zoonótico, causada por um complexo de fungos dimórficos, Sporothrix schenkii, e apresenta três formas: a localizada, caracterizada por lesões ou nódulos firmes e ulcerados, que não evoluem para o sistema linfático; a cutâneo-linfática, onde as lesões aparecem como nódulos redondos e firmes na entrada da infecção, progredindo para o sistema linfático, sendo a mais comum em cães; e a terceira forma, uma expansão de uma das duas formas mencionadas, com evolução da infecção via hematógena para órgãos e tecidos internos, sendo a mais rara", destacou.


A profissional também explicou que a principal forma de transmissão da doença entre animais e humanos é atraves de arranhaduras. "Os principais sinais clínicos incluem lesões cutâneas nodulares, úlceras com secreção purulenta ou hemorrágica, principalmente em regiões da cabeça, lombar e pontos mais afastados do tronco. Em animais, o período de incubação varia de três dias a seis meses, com uma média de três semanas. Em humanos, esse período é de aproximadamente 14 dias, podendo durar entre 3 e 30 dias", explicou.


A doença acontece nos felinos devido ao hábito de cavar dos animais, que pode levar à infecção. "Em humanos, além da transmissão por arranhaduras ou mordeduras de felinos infectados, existem grupos de risco, como jardineiros, floristas, horticultores e agricultores, devido ao manuseio direto com a terra", relatou.


Até o momento não existem vacinas para a doença, entretanto, Paola comentou a melhor forma de prevenção. "Para gatos, em especial, a castração tende a reduzir a circulação nas ruas. Além disso, a cremação de animais que faleceram por esporotricose é essencial para evitar a contaminação do solo. A desinfecção das instalações em que o animal diagnosticado esteve com solução de hipoclorito de sódio também auxilia na prevenção da doença", disse.


"O tratamento baseia-se no uso de antifúngicos sistêmicos, muitas vezes requerendo meses ou anos para resolução, principalmente em animais imunossuprimidos. Ressalta-se que a doença raramente se dissemina para outros sistemas além da pele. No entanto, felinos imunossuprimidos têm maior predisposição a infecções sistêmicas, podendo levar o animal a óbito ou à eutanásia", concluiu.

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