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Fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, poderá ser beatificada

Publicado em 18/01/2015, às 18h11   Agência Brasil


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Há cerca de cinco anos, no dia 12 de janeiro de 2010, Zilda Arns morreu enquanto discursava, vítima do terremoto que atingiu o país. Decorridos cinco anos de sua morte, prazo mínimo para que seja aberto processo de beatificação, milhares de fiéis pedem que o processo, que é um passo para que ela se torne santa, seja aberto. As moções de apoio somam 260 mil assinaturas.
A médica sanitarista e pediatra Zilda Arns Neumann é reconhecida nacional e internacionalmente por ter fundado a Pastoral da Criança e posteriormente a Pastoral da Pessoa Idosa. Ela desenvolveu um trabalho de prevenção com famílias carentes e ensinando muitas mães a preparar o soro caseiro. Por meio desta e de outras ações, ela ajudou a combater a desnutrição no Brasil.
A entrega oficial da moção que solicita a abertura do processo de beatificação de Zilda ocorreu no dia 10 de janeiro, durante celebração no Estádio Arena da Baixada Clube Atlético Paranaense, à Arquidiocese de Curitiba, que deverá conduzir o processo. Uma equipe que contará com um postulador e um historiador, entre outros integrantes, deverá reunir fatos que comprovem as virtudes heroicas de Zilda. Posteriormente, o trabalho será remetido ao Vaticano, que dará o veredito para a beatificação.
Para tornar-se beata, é necessária a comprovação de um milagre por sua intercessão. Após a beatificação, segue o processo de canonização, que reconhece a pessoa como santa. Não há prazo para que isso ocorra. Canonizada, Zilda se juntará ao Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, o primeiro nascido no Brasil.
Pelo seu trabalho, Zilda Arns recebeu o título de Cidadã Honorária de 11 estados e 37 municípios brasileiros, 19 prêmios nacionais e internacionais e dezenas de homenagens de governos, empresas, universidades e outras instituições, pelo trabalho feito na Pastoral da Criança.
Hoje, a pastoral está presente em todos os estados brasileiros e em mais 21 países da África, Ásia, América Latina e do Caribe. No Brasil, conta com quase 200 mil voluntários e atende a 45 mil comunidades.
Em seu último discurso, Zilda ressaltou que, para que haja uma transformação social, é necessário o investimento máximo de esforços para o desenvolvimento integral das crianças, ação que deve começar ainda na gravidez.

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