Brasil

Suposto sócio de Cunha, Fernando Baiano esbanjava vida de luxo

Publicado em 17/07/2015, às 16h40   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Acusado de ser operador do PMDB no esquema investigado pela Operação Lava-Jato, o lobista Fernando Antônio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, está preso há oito meses na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. 
Enquanto outros envolvidos no escândalo revelam o que sabem, Fernando continua fechado no seu silêncio, segundo informou o jornal O Globo. Crítico da delação premiada, seu advogado prefere explorar as nulidades do processo, e aposta no erro dos adversários para livrar o cliente da condenação.
Às autoridades, Baiano contou que representava fornecedores espanhóis junto à estatal, mas quem o viu crescer garante que o empurrão inicial foi dado pelo empresário carioca Jorge Luz, um dos mais antigos lobistas na Petrobras, cujo nome tem tangenciado o escândalo. Em documentos apreendidos pela PF no escritório do ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa, os nomes de Jorge Luz e de seu filho, Bruno Luz, aparecem vinculados ao pagamento de comissões em negócios fechados pela Diretoria de Abastecimento. De acordo com a revista “Época”, uma empresa de Luz fechou, em 2008, contrato de R$ 5,2 milhões com a estatal.
Aos 47 anos, gosta de cuidar do corpo, seguindo uma rigorosa dieta à base de carnes magras, e malhava da Academia da Praia, uma das mais conhecidas da Barra da Tijuca, da qual acabou tornando-se sócio. Nas horas de folga, um dos prazeres é singrar os mares da Costa Verde a bordo da Cruela I, lancha de 55 pés comprada em junho do ano passado do empresário Otavio Marques Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, preso em 19 de junho de 2015 na mesma Lava-Jato que encarcerou Baiano.
A família do lobista mora no imóvel que já foi considerado o mais caro do Rio: a cobertura do 22º andar do Edifício Vieira Souto, no condomínio Atlântico Sul, na orla da Barra da Tijuca. Comprada em conjunto com o investidor do mercado financeiro Marcos Duarte Santos, o Marcão, foi desmembrada posteriormente em dois apartamentos de 1,5 mil metros quadrados.

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