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TCU culpa Gabrielli por prejuízo em refinaria do Paraná

Publicado em 27/08/2015, às 16h31   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e outros executivos da estatal foram responsabilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), por irregularidades em obras na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, na última quarta-feira (26), segundo informou o Diário do Poder. As auditorias da Corte detectaram prejuízo de R$ 1,27 bilhão em oito contratos que tinham o objetivo de modernizar a refinaria. 
O valor das perdas, contudo, pode ser bem maior do que o já apurado, pois a área técnica do TCU analisou despesas de R$ 3,8 bilhões, que correspondem a apenas uma parte do valor total aplicado (R$ 10,7 bilhões). O sobrepreço foi calculado a partir de dados levantados pelos auditores da Corte e do compartilhamento de informações da Operação Lava Jato pela Justíca do Paraná.
Contando com a possibilidade de encontrar novos débitos, o TCU pediu ao Ministério Público de Contas - que atua junto a corte - que avalie se é pertinente reabrir outras investigações sobre a Repar que haviam sido arquivadas sem indicar regularidades, diante dos dados compartilhados e do esquema de cartel e corrupção já revelado na operação. 
Gabrielli alega que, como presidente, não tinha funções executivas relativas aos contratos, atuando apenas em tarefas e coordenação. Além dele, serão alvos desses processos o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, um dos presos da Lava Jato, e o ex-gerente executivo da Diretoria de Abastecimento Pedro Barusco, que atualmente cumpre prisão domiciliar, após confessar participação nos desvios em regime e delação premiada. 
Na sessão desta quarta-feira, o tribunal decidiu abrir tomadas de contas especiais (TCE) para apurar o valor exato do dano ao erário e avaliar eventuais punições a dirigentes da estatal. Quase todo o dano ao erário apurado é referente a três contratos com o chamado "clube" de empreiteiras investigado na Lava Jato.
Para o TCU, a Diretoria Executiva da Petrobras, presidida por Gabrielli de 2005 a 2012, restringiu a competição em licitações como "estratégia corporativa", o que favoreceu as empreiteiras do chamado "clube". Elas foram contratadas por valores até 19% acima do inicialmente estimado pela estatal. Depois disso, foram beneficiadas por aditivos que aumentaram mais ainda o valor a ser pago.

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