Brasil
Publicado em 28/06/2018, às 08h12 Redação BNews
Foram suspensos os gastos do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) com uma academia de ginástica que funciona dentro do prédio do TJ, no Centro do Rio, e que está à disposição de magistrados e seus parentes. A decisão foi do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo.
O tribunal assinou um convênio de mais de R$ 5 milhões, que seriam gastos em cinco anos com a contratação de professores de educação física, dois gerentes, um assistente administrativo e uma copeira. Por unanimidade, esse convênio foi considerado ilegal na sessão do CNJ de terça-feira.
O jornal detalha que os gastos com a academia foram contestados pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. O conselheiro Luciano Frota, que analisou o caso, considerou o convênio ilegal. Segundo ele, o tribunal tinha orçamento previsto apenas para custear a contratação de profissionais da área de saúde — como médicos e massoterapeutas.
O CNJ determinou ao tribunal a abertura de um procedimento com o objetivo de ressarcir os cofres públicos estaduais com o dinheiro gasto na academia. O procedimento também poderá resultar na punição disciplinar de gestores responsáveis pelo convênio.
Segundo a reportagem, na academia, os juízes poderiam praticar alongamento, boxe tailandês, boxe inglês, defesa pessoal, ginástica funcional, jump, ginástica localizada, musculação, personal training, step e yoga. Só poderiam frequentar o local associados a Mútua dos Magistrados, um plano de saúde privado e sem fins lucrativos. Em seu site, a academia - que fica no primeiro andar da lâmina 2 do prédio do TJ, é chamada de 'Espaço Mútua'. Na apresentação o site afirma que "Sem fins lucrativos, cujo custo é sustentado pelos usuários, a Academia é destinada a todos os Magistrados e Associados da Mútua dos Magistrados (Titulares e Dependentes)".
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