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Miliciano teria sido convidado a evento da PM mesmo preso, afirma revista

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A PM não comentou o convite feito ao major Ronald Paulo Alves Pereira, preso desde janeiro   |   Bnews - Divulgação Reprodução/Veja/Marcos Tristão

Publicado em 20/04/2019, às 18h07   Redação BNews



Apontado pelo Ministério Público como miliciano que controla a comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio, o major da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ronald Paulo Alves Pereira, ainda tem prestígio dentro da corporação. Preso desde janeiro, ele foi convidado para um evento na Escola Superior da PM, realizado no dia 11 de fevereiro. Segundo a Veja, mesmo preso, o major continua recebendo seu salário regularmente: em fevereiro, Ronald recebeu R$ 18.898.

De acordo com a publicação, a PM não comentou o convite feito ao major Ronald, o fato dele receber salários mesmo preso, e nem informou se a corporação já abriu processo para expulsá-lo.

No dia 12 de abril, dois prédios desabaram no Muzema e 20 pessoas já foram encontradas mortas. Quando foi preso, no âmbito da Operação Intocáveis, Ronald estava com plantas de imóveis que seriam construídos na região. Ainda de acordo com a publicação, as investigações revelaram que ele carregava documentos para loteamento de terrenos.

Ronald também é réu pela tortura e morte de quatro jovens que saíam de uma casa de shows na Baixada Fluminense, em dezembro de 2003. Três meses depois, ele recebeu uma moção de louvor “por serviços prestados” de Flávio Bolsonaro, na época deputado estadual.

Ele é considerado um dos mais importantes integrantes da milícia que controla a Muzema e a comunidade de Rio das Pedras, também na Zona Oeste carioca. O grupo seria liderado pelo ex-capitão da Polícia Militar Adriano Magalhães da Nóbrega, que está foragido. 

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