Brasil

Petroleiros ameaçam entrar em greve a partir do dia 16

Publicado em 08/11/2011, às 07h02   Redação Bocão News



Funcionários da Petrobras estão realizando assembleias em todo o país desde a última sexta-feira (4) para discutir a contraproposta apresentada pela companhia no dia 31 de outubro em relação às cláusulas econômicas para o Acordo Coletivo de Trabalho 2011. A informação foi divulgada pelo site iG.
De acordo com o iG, o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, disse que a resposta da Petrobras está muito aquém do esperado.
O líder sindical afirmou que a maior parte das reuniões deve acontecer até quarta-feira e, até agora, todas aprovaram a greve. Se a paralisação for confirmada, poderá começar a partir do dia 16. "Vamos esperar até o dia 10 para a Petrobras apresentar uma nova proposta", avisou Moraes. "Das mais de 40 plataformas do país, 20 já aprovaram a greve", completou.
Ainda segundo nota publicada no site, o coordenador explicou que dos 10% de ganho real solicitado pela FUP, a Petrobras ofereceu apenas 1,5%. A companhia já havia concedido a reposição da inflação no salário, com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até agosto, de 7,23%.
Procurada, a Petrobras afirmou, em nota, que "além de reajuste de 9% e gratificação de 90% de uma remuneração, a empresa propõe avanços em diversos itens relacionados ao plano de saúde e previdência dos empregados, condições de saúde e segurança, entre outras questões".
Segundo explicou a assessoria de imprensa, a gratificação é paga uma única vez, como um abono, e os 9% são referentes ao reajuste da inflação até agosto mais 1,5% de ganho real. A proposta em relação às cláusulas sociais foi apresentada pela Petrobras em 19 de outubro e também rejeitada pelos sindicalistas.
O coordenador da FUP - que reúne 13 sindicatos - disse que a Petrobras sabe que os funcionários não estão satisfeitos com as propostas. "Eles conhecem a nossa pauta", afirmou. De acordo com ele, já ocorreram sete rodadas de negociações e a Petrobras ainda está muito longe de atender às reivindicações.

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