Nesta segunda-feira (21), os valores das multas que serão aplicadas à companhia americana Chevron, responsável pelo vazamento de milhares de litros de petróleo na Bacia de Campos, começam a ser avaliados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o governo do Rio de Janeiro, de acordo com matéria publicada pelo Estadão.
Juntos, os pedidos de reparação e as multas podem atingir R$ 100 milhões. Além disso, executivos e engenheiros da companhia podem virar réus na Justiça com base no inquérito aberto na Polícia Federal do Rio. De acordo com a publicação, apesar das multas serem de responsabilidade da União, o governo do Estado do Rio estuda a aplicação de punições suplementares na Chevron.
De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, será exigido da companhia uma reparação financeira pelos danos causados ao meio ambiente e aos pescadores, entre outros que foram atingidos. A reparação foi estimada por Minc, "como base inicial" em R$ 10 milhões, "podendo ser mais ou menos que isso". "Reparação não é multa. Qualquer vazamento causa danos à biodiversidade. Eu vi baleias perto da mancha de óleo durante sobrevoo na sexta-feira passada", disse Minc neste domingo (21).
Já o Ibama, que é responsável pelo licenciamento ambiental do empreendimento, estuda se o caso é de aplicação da multa máxima, de R$ 50 milhões.
O vazamento já dura duas semanas e teve origem em um poço exploratório perfurado pela companhia no campo do Frade. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o derramamento não é de grande porte, entretanto a companhia teria tentado enganar as autoridades e a opinião pública quando divulgou versões que as vistorias indicam ser mentirosas.
