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General Heleno trava disputa com Iphan para instalar torres antidrones em palácios

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A ideia surgiu em 2017, quando o GSI identificou os drones como riscos em potencial  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Agência Brasil

Publicado em 05/08/2020, às 22h57   AjuNews


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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Heleno, contratou um sistema de detecção e “neutralização” de ataques com o uso de drones na área dos palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu, por R$ 2,49 milhões. As informações foram divulgadas pelo jornal Metrópoles nesta quarta-feira (5).

A empresa contratada quer instalar grandes antenas nos tetos dos atuais locais de trabalho e moradia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do vice Hamilton Mourão (PRTB). Porém, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), responsável por proteger o tombamento das obras de Oscar Niemeyer, não está permitindo a obra, apesar da urgência declarada pelo GSI.

Pelo projeto original, seria instalada uma antena de 20 metros de altura no teto do Palácio do Planalto, no Alvorada a antena seria de 10 metros de altura, e no Jaburu, uma de 6 metros.

A ideia surgiu em 2017, quando o GSI identificou os drones como riscos em potencial. A gestão de Heleno investiu no projeto e iniciou-se para a instalação dos equipamentos em março deste ano, quando já estava assinado o contrato com a empresa Segurpro Tecnologia em Sistemas de Segurança para a compra de um sistema de proteção contra drones nos palácios.

Segundo o secretário de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI, general Luiz Fernando Estorilho Baganha, na área central de Brasília, onde estão os palácios, “o aparecimento de drones está se tornando corriqueiro e demonstrando uma vulnerabilidade para a atividade de segurança das mais altas autoridades do Poder Executivo”.

O Iphan se posicionou contra o projeto em 14 de abril em processo administrativo. “Há que se considerar que edificações icônicas como os Palácios Presidenciais, patrimônios históricos tombados e reconhecidos internacionalmente pela sua arquitetura moderna, impõem limites para intervenções, que devem ser direcionadas para o menor impacto possível”, diz o texto.

“A partir das simulações desenvolvidas, fica evidente que os equipamentos propostos impactam diretamente tanto os Palácios como bens tombados individualmente quanto o Conjunto Urbanístico de Brasília (CUB)”, conclui o documento.

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