Presidente do Grupo Carrefour lamenta morte de cliente e pede revisão de treinamento de funcionários

Alexandre Bompard, o presidente do grupo Carrefour, se manifestou sobre o assassinato do cliente João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, espancado por dois seguranças dentro de uma filial da rede varejista, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Em um post publicado no início da noite de sexta-feira (21), em sua conta no Twitter, o executivo francês disse, em português, que vai pedir a revisão de treinamento de funcionários da empresa. Ele também comentou que está colaborando para que a Justiça possa punir os envolvidos na série de socos que vitimou o cliente. 

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Em primeiro lugar, gostaria de expressar meus profundos sentimentos, após a morte do senhor João Alberto Silveira Freitas. As imagens postadas nas redes sociais são insuportáveis.

— Alexandre Bompard (@bompard) November 20, 2020

"Eu pedi para as equipes do Grupo Carrefour Brasil total colaboração com a Justiça e autoridades para que esse os fatos deste ato horrível sejam trazidos à luz. Medidas internas foram imediatamente tomadas pelo Grupo Carrefour Brasil, principalmente em relação à empresa de segurança contratada. Essas medidas são insuficientes. Meus valores e os valores do Carrefour não compactuam com racismo e violência", escreveu.

"Espero que o Grupo Carrefour Brasil se comprometa, além das políticas já implantadas pela empresa. Peço, neste sentido, que seja realizada uma revisão completa das ações de treinamento dos colaboradores e de terceiros, no que diz respeito à segurança, respeito à diversidade e dos valores de respeito e repúdio à intolerância. Esta revisão será acompanhada de um plano de ação definido com o suporte de empresas externas para garantir a independência deste trabalho", finalizou.

Após o assassinato, houve manifestações na sexta-feira (20) em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campo Grande e na própria Porto Alegre, onde um grande número de pessoas cobraram justiça pela morte de João e pediram o fim do racismo e da violência racial, visto que a vítima era negro.