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Em depoimento à PF, empresários de MG admitiram ter adquirido vacinas de origem ilícita

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Publicado em 30/03/2021, às 20h05   Folhapress


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A Polícia Federal em Minas Gerais cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de uma enfermeira, suspeita de participar da suposta vacinação irregular em Belo Horizonte, revelada por uma reportagem da revista piauí, e em uma clínica, na tarde desta terça-feira (30).

Em depoimento à PF, os irmãos Robson e Rômulo Lessa, empresários do setor de transporte, admitiram que adquiriram medicamentos de origem ilícita. A reportagem não conseguiu contatar os irmãos ou a defesa deles.

Pelas imagens divulgadas pela PF do material apreendido durante a operação desta terça, foram encontrados um cartão de vacina assinado "Vacina Covid Pfizer 24/03/21", seringas e o que parecem ser medicamentos.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a principal linha de investigação da polícia é que as vacinas eram falsas. A PF encontrou soro e ampolas em um endereço ligado à enfermeira. Os materiais foram apreendidos e serão encaminhados para a perícia criminal.

Desde a divulgação do caso, a Pfizer nega comercialização do imunizante em território brasileiro ou "fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização".

A enfermeira, o filho dela e um homem foram conduzidos para prestar depoimento.

Segundo a PF, a mulher, que tem passagem por furto, teria vendido vacinas ilegais para outras pessoas, além do grupo que é investigado pela operação atual.

Na sexta-feira, na ação que cumpriu seis mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram uma lista com nome de 57 pessoas que supostamente teriam sido vacinadas na garagem de uma empresa, em Belo Horizonte.

Ela e o filho são suspeitos da comercialização e aplicação de vacinas contra o novo coronavírus, que teriam origem ilícita.

A PF trabalha com três linhas de investigação: que as vacinas tenham sido importadas ilegalmente, sendo a origem chilena uma das hipóteses, que os medicamentos tenham sido desviados do Ministério da Saúde ou ainda que as doses eram falsas.

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