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Economista diz que ‘políticas desastrosas de governos passados’ têm parcela de culpa na alta da conta de energia

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 05/07/2021, às 21h23   Redação Bnews


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O economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Cláudio Pondé afirmou nesta segunda-feira (5), em entrevista ao programa BNews Agora, da Piatã FM, que os recentes aumentos expressivos das contas de energia no Brasil são consequências, entre outros fatores, de “políticas desastrosas de governos passados”. 

“Nós estamos vivendo agora um momento em que há escassez de água nos reservatórios. E a energia hidráulica é grande parte da nossa matriz energética, inclusive por isso temos a produção de energia mais limpa do mundo. Como houve uma baixa, foi necessário aumentar o custo para o consumidor final. [...] E não podemos descartar que essa carência também é resultado de políticas desastrosas de governo passados. Aquilo que ficou represado lá atrás, está desaguando agora”, analisou. 

Pondé ainda destacou que a decisão de aumento é exclusivamente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e não parte de escolhas do governo federal. “Quem determina é a agência reguladora. Ela tem total independência”, ressaltou. 

O economista também pontuou os benefícios do horário de verão, que é a política de adiantar em uma hora o relógio durante os meses da primavera e do verão. A medida, extinta desde 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro, vem sendo defendida recentemente por empresários brasileiros. 

“O horário de verão gerou uma economia importante de energia e poderia ser um recurso para facilitar o menor gasto, e consequente menor custo, nas casas”, disse. 

Pondé ainda aconselhou que os brasileiros busquem economia nas pequenas coisas para reduzir o impacto do aumento dos preços e defendeu uma “campanha pública de informação” para possibilitar esse ajuste guiado do consumo. 

“A gente pode tomar cuidado com os pequenos detalhes para tentar reduzir o impacto na conta que chega às residências. Um exemplo é sempre apagar a luz ao deixar um cômodo, desligar microondas quando não estiver em uso, não deixar aparelhos conectados às tomadas, entre outros.”

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