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"Operação Ethon” cumpre 61 mandados de busca e apreensão na Bahia e em outros cinco estados

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Bnews - Divulgação Divulgação/PF

Publicado em 18/08/2021, às 11h35   Redação BNews



O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do Ministério Público do Estado da Bahia, participa nesta terça-feira, dia 18, das ações desencadeadas pela “Operação Ethon”, que cumpre 61 mandados de busca e apreensão no estado.

 Além da Bahia, são cumpridos mandados no Amazonas, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo  Tocantins e Distrito Federal. Os trabalhos são conduzidos pelo Gaeco do Distrito Federal em conjunto com a 3ª e a 4ª PROSUS.

Durante as investigações, conduzidas diretamente pelo Ministério Público, foi revelado um esquema instalado no Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF), que resultou no desvio de milhões de reais em dois contratos destinados ao fornecimento emergencial de leitos de UTIs, entre o período de março a outubro de 2020. As empresas contratadas foram a Domed, que forneceu 50 leitos no Hospital Regional de Santa Maria, e a Organização Aparecidense de Terapia Intensiva (OATI), que forneceu 20 leitos no Hospital de Base e outros 10 na UPA de São Sebastião.

Além do superfaturamento de preços ofertados pelas empresas que participaram da seleção e do direcionamento das contratações em favor da Domed e da OATI, as investigações também apontaram que as empresas não forneceram insumos, medicamentos e mão de obra em quantidade e qualidade exigidos. As ilegalidades praticadas tiveram como consequência a ocorrência de altíssimas taxas de mortalidade nos leitos de UTIs de alguns hospitais administrados pelas empresas.

O nome da operação faz alusão a Ethon que, segundo a mitologia grega, era o abutre enviado por Zeus diariamente ao monte Cáucaso para devorar o fígado de Prometeu. O fígado de Prometeu se reconstituía completamente para, no dia seguinte, voltar a ser devorado por Ethon. No Distrito Federal, o MPDFT contou com o apoio da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para a execução do trabalho. Nos demais estados, prestaram apoio no cumprimento das buscas os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Amazonas, da Bahia, de Goiás, do Rio de Janeiro e de Tocantins. Além deles, também atuou na Operação o Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE/PCSP).

Não haverá concessão de entrevista ou coletiva de imprensa por parte do MP da Bahia, neste momento, em observância ao disposto no art. 38 da Lei 13.869/2019 (Lei de Abuso de Autoridade).

Classificação Indicativa: Livre

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