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Investidores acionam a Justiça contra 'faraó dos bitcoins' e pedem a devolução de valores

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Glaidson foi preso no fim do mês passado, por suspeita de montar um esquema de pirâmide financeira  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Youtube

Publicado em 12/09/2021, às 18h14   Redação BNews


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Pessoas que aplicaram recursos na empresa do ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como 'Faraó dos bitcoins', para que fossem investidos em criptomoedas, estão buscando a Justiça para terem seus valores de volta. Glaidson foi preso no fim do mês passado, por suspeita de montar um esquema de pirâmide financeira.

De acordo com um levantamento feito pelo jornal O Globo, 13 ações estão em andamento no Tribunal de Justiça do Rio. Segundo a reportagem, em uma delas, um aposentado de Niterói requer R$ 460 mil, transferidos através de quatro depósitos distintos entre maio e julho deste ano, afirmando que Glaidson se passava por uma empresa de investimentos em criptoativos e prometia rentabilidade de 10% sobre o valor aplicado. O aposentado pede ainda indenização por danos morais de R$ 15 mil.

Um motorista que mora em Botafogo também é uma das vítimas. Ele afirma ter aplicado R$ 15 mil e pede, na Justiça, além da devolução da quantia, o pagamento de danos morais no mesmo valor. De acordo com o investidor, o contrato pedia que o dinheiro permanecesse investido por 24 meses, mas prometia uma remuneração mensal. Como começou a receber R$ 1.500 a cada subsequente dia 1º, não desconfiou a ilegalidade da operação. 

A reportagem cita também o caso de uma autônoma que depositou R$ 40 mil para que fossem alocados em criptomoedas, pactuando com o depósito mensal do rendimento de 10%, ou seja, R$ 4 mil. Mas um mês após a negociação Glaidson foi preso. 

Em Niterói, uma empresária pede a devolução de R$ 270 mil, valor investido em quatro parcelas entre agosto do ano passado e junho de 2021. A reportagem cita ainda que a investidora declare a nulidade do contrato celebrado com a G.A.S.

Operação

Glaidson Acácio, dono da G.A.S Consultoria, foi preso no mês passado em uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Ele é investigado por crimes como lavagem de dinheiro e associação criminosa. A suspeita dos investigadores é de que o ex-garçom e também ex-pastor não investia o dinheiro de seus clientes em criptomoedas, conforme pactuado em contrato. Para polícia e MPF, Glaidson pagava os valores prometidos com a entrada de investimentos de novos clientes, configurando-se assim uma pirâmide financeira. 

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