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Em velório, pai de Jandira diz que queria ter protegido a filha

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Jovem morreu após realizar um aborto numa clínica clandestina  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 28/09/2014, às 23h30   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews0



Durante o velório de Jandira Magdalena dos Santos, que morreu após realizar um aborto numa clínica clandestina, o pai da jovem afirmou que foi avisado sobre a vontade da filha uma semana antes de sua morte. Segundo Samuel Cruz, de 50 anos, ele ainda teria se oferecido para levar a auxiliar administrativo até a clínica.

Eu sou pai. Se minha filha decidiu por essa atitude, a única coisa que podia fazer é levá-la para proteger de algo pior. O que mais me revolta foi eles terem mutilado minha filha. Ela era uma pessoa incrível - lamentou o comerciante.

Jandira desapareceu, no último dia 26 de agosto, após realizar um aborto numa clínica clandestina na Zona Oeste do Rio. O corpo da jovem foi encontrado carbonizado, dentro de um carro, em um sítio em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste, com os braços e pernas cortados e sem a arcada dentária.

Dois suspeitos de participação no crime ainda são procurados. Um deles é Carlos Augusto Graça de Oliveira, suspeito de ter atuado como médico na cirurgia de Jandira. Ele já foi preso duas vezes por exercer ilegalmente a medicina. "Foi um período de muito sofrimento. Acredito que a polícia está fazendo um ótimo trabalho e vai conseguir prender esse falso médico", afirmou Samuel. Segundo o pai da jovem, a polícia acredita que, além do médico, outras pessoas também possam integrar o grupo que realiza abortos em clínicas clandestinas.

Até o momento, estão presos — além de Vanuza Vais Baldacine, mulher que levou Jandira para a clínica — Rosemere Aparecida Ferreira, suspeita de liderar a quadrilha, Marcelo Eduardo Medeiros, dono da casa que servia como clínica, e Mônica Gomes Teixeira, esposa de Marcelo e recepcionista da clínica clandestina. Todos os integrantes do bando identificados pela polícia vão responder por homicídio qualificado, aborto de terceiros, ocultação de cadáver e formação de quadrilha.

Classificação Indicativa: Livre

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