Alterações nas linhas de ônibus da Ribeira sacrificam a população

Um dia após o ataque a um ônibus da empresa Praia Grande, que deixou o cobrador Everaldo de Oliveira Silva, de 62 anos, com 75% do corpo queimado e um passageiro levemente ferido, o bairro da Ribeira ainda carrega lembranças do ocorrido. Os acontecidos fizeram com que parte da rotina fosse alterada, a maior delas se refere aos coletivos que agora utilizam a Baixa do Bonfim como final de linha.

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Com a mudança, os soteropolitanos que não dispensam as belezas da praia da Ribeira para se divertir tiveram que se sacrificar para aproveitar o sábado de sol. É o caso da diarista Sueli dos Santos, de 44 anos, que precisou andar cerca de 2 km até chegar ao final de linha improvisado. "É uma situação péssima, tive de caminhar muito até aqui", disse, apesar de compreender a medida preventiva dos rodoviários. Já uma transeunte que não quis se identificar afirmou que, além da extensa caminhada, "o trajeto foi marcado pela tensão".

De acordo com informações do diretor do Conselho Fiscal do Sindicato dos Rodoviários, André Bahia, a mudança provisória segue até este domingo (5). Segundo ele, a situação será definida na segunda-feira (6) com uma reunião entre representantes da categoria e o Comando Geral da Polícia Militar. "Do jeito que está não pode ficar. Nossos profissionais estão vulneráveis a qualquer tipo de investida. Precisamos de segurança", disse André Bahia ao Bocão News.   

Iniciadas na quinta-feira (2), as manifestações na região tiveram como estopim o assassinato de um morador da localidade.