Cidades

Integrantes LGBT promovem ‘beijaço’ contra moção de censura na Câmara de Feira

Publicado em 14/04/2015, às 20h00   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Pouco mais de 20 integrantes de movimentos LGBT de Feira de Santana ocuparam o plenário da Câmara Municipal feirense na manhã desta terça (14) para a realização de um “beijaço” em protesto à moção de censura aprovada pelo Legislativo contra o beijo entre duas personagens homossexuais da novela “Babilônia”, exibida na Rede Globo.
Portando cartazes com frase de efeito, “Meu afeto te afeta?” e “Juntos pelo direito de ser amado”, também escreveram numa faixa colocada na grande de proteção do prédio. Mas o foco das palavras de ordem foi o vereador Edvaldo Lima, que apupado com frases contrárias à sua posição com relação aos homossexuais, em todos os momentos que usou o tempo disponível.
Para o presidente do Glich (Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual), Thiago Oliveira, ao aprovar a moção de repúdio, a Câmara atropela-se por ter aprovado leis favoráveis aos LGBTs, e embarca no trem que leva ao retrocesso. “Ao todo são sete”, informa. “São leis contra o preconceito, que cria o Dia Municipal Contra a Homofobia e o Dia da Parada Gay”, citou algumas. “Conquistamos vários direitos, inclusive nos tribunais superiores”.
Ele ainda disse que os vereadores devem separar o público do privado. “Ao legislar eles deve se posicionar acima da religião e das opiniões pessoais”. A bancada evangélica em Feira de Santana é formada por nove vereadores. 
O vereador Marcos Lima, autor da moção, disse que não se arrepende de ter apresentado a proposta, aprovada por unanimidade dos presentes. E que não concorda com o que vem sendo apresentada pela Rede Globo. Para ele, não é natural que pessoas do mesmo sexo de beijem, mesmo que na ficção, e que as imagens sejam veiculadas em novelas. “São traições de casais, beijo gay, pai matando filho e filho matando pai”.
O outro alvo da ira dos gays, o vereador Edvaldo Lima, também evangélico e que se declara ex-homossexual, disse que o deputado carioca Jean Willys, vem trabalhando para destruir o modelo tradicional de família. Freqüentador da Câmara e conhecido como Zequinha de Jaguara foi um dos poucos que protestou, ante as cenas dos poucos beijos. Levantou-se e afirmou: “Isto não é coisa de homem, não. Tá errado”. E saiu do plenário.
Informações de Correio Feirense

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