A segurança nas agências bancárias é frágil e toda a população baiana sabe disso. Já são 109 ataques no Estado desde o início do ano e o clima de intranquilidade é comum entre os bancários, que têm de conviver com o risco de assaltos nas unidades.
Por isso, na manhã da última quinta-feira (11), o presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos, e o diretor, Célio Pereira, se reuniram com o diretor regional do Bradesco, Flávio Clemente, acompanhado do gerente administrativo, Laércio Leite.
A conversa começou lembrando o assalto ao Bradesco de Itapuã no dia 15 de maio. Em visita ao local após o ocorrido, o SBBA constatou o medo do trabalhadores e fez questão de cobrar ao representante do banco que uma assistência seja dada a todos os funcionários do local.
A empresa alega que prestou o devido acompanhamento aos empregados vítimas do episódio e que disponibiliza o programa Viva Bem, como canal interno para apresentação de demandas dos empregados. O Sindicato solicitou emissão da CAT para todos os funcionários da agência, visto que mesmo os que não foram diretamente afetados, podem desencadear posterior adoecimento psíquico e que o assalto caracteriza acidente de trabalho.
O banco também trouxe uma boa notícia no quesito investimento em segurança. O Bradesco realiza a instalação de dispositivos de fumaça nos autoatendimentos para inibir a ação das quadrilhas especializadas. Na Bahia, já existem equipamentos com a tecnologia e outros serão implantados.
Questionado pelo Sindicato, o diretor regional informou que é terminantemente proibido o transporte de valores por funcionários e que se houver esta prática haverá punição para o gestor.
As agências cheias e as metas foram outro ponto de debate enfatizado pelo presidente da SBBA, que sinalizou cidades do interior e da capital onde as agências estão superlotadas e necessitam de mais bancários. O banco alega que as contratações estão sempre em destaque nas reuniões internas e, conforme a necessidade mapeada, são realizadas.
