Cidades

Restrição no acesso de produtos na Lemos de Brito gera protesto de visitantes

Publicado em 01/04/2016, às 10h35   Vinícius Ribeiro (Twitter: @vin_ribeiro)


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A restrição da entrada de alguns itens na Penitenciária Lemos de Brito (PLB), em Salvador, gerou a insatisfação de familiares dos detentos nesta sexta-feira (1º). Apesar de ter sido determinada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) em meados de 2015, a medida, que proíbe o acesso de comidas prontas, sucos, iogurtes e carnes, pegou os visitantes de surpresa nesta manhã. 

Apenas materiais de limpeza, higiene pessoal e vestuário (cuecas, sandálias e tênis), pertences (óculos de grau, lençol e literatura religiosa), eletroeletrônicos (televisão, ventilador, rádio); e material esportivo (bola, baralho, dominó, dama, xadrez) são permitidos. Os itens alimentícios se resumem a um pacote de biscoito (500g) e 2 litros de refrigerante. O motivo do controle é reduzir a entrada de produtos indevidos e assegurar o uso de materiais disponibilizados pela Seap, como fardamento.

Na área externa dos módulos 1, 2 e 5, os visitantes protestam e gritam "queremos entrar" diante da restrição que, segundo reclamam, não foi informada com antecedência. No local, um grupo se reuniu com diretores do presídio para negociar a entrada, porém, o procedimento operacional (SGP 04) foi mantido. 

Para Reivon Pimentel, coordenador do Sindicato dos Servidores Penitenciários da Bahia (Sinspeb), a determinação é válida. "A gente aprova porque segue o que a Lei de Execuções Penais (LEP) determina. O acesso indiscriminado fragiliza a segurança da unidade, já que trabalhamos com um quadro funcional reduzido e não temos equipamentos de revista suficientes", disse em entrevista ao Bocão News. Ainda segundo ele, nos três módulos, apenas o 5 possui um aparelho de Raio X para realizar o procedimento de revista.

Classificação Indicativa: Livre

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