A falta de aulas na rede estadual de ensino motivou uma série de manifestações nesta quarta-feira (6), em diferentes bairros de Salvador. Nesta manhã, alunos dos colégios Pierre Verger (Liberdade), Dinah Gonçalves (Valéria) e
Manoel Devoto (Rio Vermelho), se mobilizaram em apoio aos funcionários dos setores de limpeza e merenda destas unidades.
Com os atos, a Estrada do Derba (BA-528) e a Rua Oswaldo Cruz, no Rio Vermelho, foram bloqueadas, interrompendo o tráfego. Equipes da Polícia Militar e Transalvador acompanharam as mobilizações.
"Estamos sem aula e, junto com alguns professores, vamos protestar em apoio aos trabalhadores que estão sem receber salários. Falta limpeza na escola e merendeiras", disse a estudante Tainá Passos, 18 anos, anunciando um ato para a manhã de quinta-feira (7), em frente ao Colégio Estadual Carlos Barros, em Paripe.
Em nota, a Secretaria da Educação afirma estar acompanhando a situação e trabalhando para que as atividades sejam normalizadas nas unidades escolares. De acordo com a pasta, as direções das escolas foram orientadas a manter os atuais prestadores de serviço trabalhando, enquanto as empresas vencedoras da licitação regularizam a contratação.
"Quanto aos terceirizados, [a Secretaria] esclarece que todas as empresas já receberam os valores relacionados aos serviços prestados até o dia de hoje. A Secretaria está pressionando para que as empresas paguem os salários devidos", afirma a nota, ressaltando que os contratos finalizados no último dia 30 não estavam em conformidade com a Lei Anticalote.
"Com os novos contratos, regidos pela Lei Anticalote, os direitos trabalhistas e indenizatórios dos funcionários estão garantidos, para não acontecer o que ocorreu no passado", conclui o texto enviado ao Bocão News.
Já a Secretaria de Comunicação (Secom) informou, também em nota, que "o Governo do Estado não cederá a pressões típicas de períodos eleitorais para garantir o pleno funcionamento das escolas da rede estadual".
