Cidades

Moradores de Stella Maris denunciam habitações irregulares na areia da praia

Publicado em 14/07/2016, às 13h06   Vinícius Ribeiro



Habitações irregulares na areia da praia de Stella Maris, em Salvador, vêm incomodando os moradores da localidade. Segundo foi denunciado ao Bocão News, as instalações descumprem uma medida determinada pela Justiça Federal iniciada em 2006 e que culminou na demolição das barracas de alvenaria na área em 2011, no governo do então prefeito João Henrique.
Segundo a professora universitária Clarice Bagrichevsky, de 68 anos, os atuais quiosques denunciados foram erguidos no local sem alvarás da Prefeitura de Salvador. "Nas antigas barracas, eles pagavam taxas e tinham mais adequação do que nestas que foram erguidas. O mais irônico é que são exatamente nos pontos que pertencem à Marinha do Brasil, mas a determinação judicial não vem sendo respeitada", frisou. Na época da derrubada das antigas barracas, a medida foi acatada sob a justificativa de se tratar de uma área da União. 
Ainda conforme reclama Clarice, os proprietários comercializam bebidas e tira-gostos nos equipamentos improvisados, além de utilizar como moradia durante a semana, com direito a banheiros improvisados, cães de estimação e antenas de TV. "Falta higiene, sem falar que fazem necessidades ao ar livre", completou.
A bancária Sandra Chaui, 58, conta que a falta de fiscalização no local é o principal problema. "São famílias que montaram cabanas, vendem cerveja, com sanitários químicos improvisados, um cacete armado. A gente já acionou a autoridades competentes, mas ninguém aparece", disse, antes de também denunciar o desrespeito com a lei do silêncio em Stella Maris.
Ao fazer a denúncia ao site, ambas reclamaram de inatividade da Sucop (Superintendência de Conservação e Obras Públicas do Salvador), Sucom (Secretaria Municipal de Urbanismo) e Semop (Secretaria Municipal de Ordem Pública). O Bocão News entrou em contato com a Sucop, que através da assessoria, informou que a solicitação poderia ser viabilizada junto à Sucom.
Também procurada pelo site, a Sucom afirmou que, por se tratar de barracas móveis, e não construções, seria da alçada da Semop. A reportagem tentou contato com a secretária municipal de Ordem Pública, Rosemma Maluf, no final da manhã desta quinta-feira (14), mas as ligações não foram atendidas.   

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