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Ossada humana e material hospitalar encontrados em lixão

Imagem Ossada humana e material hospitalar encontrados em lixão
O local fica em Riachão do Jacuípe e já traz trastornos aos moradores da região  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 23/07/2011, às 10h10   Redação Bocão News




Catadores de lixo e moradores do local, denunciaram o lixão que fica nas proximidades da BR-324, a 3 Km do centro comercial de Riachão do Jacuípe. No lixo hospitalar são encontrados materiais como: seringas, luvas, remédios, restos de curativos, de partos, placentas e fetos natimortos. De acordo com moradores, o que piora a situação é que nenhum material é devidamente separado. Há mais de seis anos todo o lixo doméstico e industrial produzido nos hospitais da cidade são despejados frequentemente pelo caminhão da coleta no local.

A população encaminhou ao Ministério Público uma denúncia com 167 assinaturas, vídeo com depoimentos de moradores, catadores do lixão e fotos, mas até o momento o Ministério Público em Riachão do Jacuípe não deu um parecer sobre o assunto. Há mais ou menos cinco meses que o MP realizou uma Audiência Pública sobre Saúde Pública no município e as questões referentes ao Lixão sequer foram citadas.

As constantes queimadas do lixo aumentam os odores que incomodam moradores próximos, além de atingir suas propriedades com a proliferação de moscas, urubus, e outros vetores de doenças. Fazendeiros reclamam do prejuízo com a produção de carne e leite da região que estão comprometidos. “Na última vacinação de nossos rebanhos, sabendo dos riscos, quem veio vacinar foi a própria ADAB, que na ocasião, nos alertou sobre o risco, mas não providenciou medidas contra o poder público”, disse Edelgardes, um dos fazendeiros.  

Outros fatores de risco são os impactos ambientais, por exemplo, as chuvas que caem sobre o lixão, descem para um córrego que deságua no Rio Jacuípe, comprometendo todo o solo e as águas do rio. O lixo hospitalar altamente infecto também faz parte desse banquete da morte, quem se expõem nesse trabalho degradante fica a mercê da própria sorte correndo o risco de se contaminarem e contaminarem toda a família”, analisou o professor e biólogo Joarez Carvalho.

O catador Cosme Luiz, trabalhador do lixão há cerca de seis anos, disse que há três, que ele e sua mãe, dona Maria Augusta de Jesus – também catadora na época, mas afastada por orientações médicas -, encontraram restos de seres humanos. A exemplo; ossos  de pernas e braços, crânios, fêmur e outras partes do esqueleto humano.

A imprensa local, apurou que os ossos humanos foram trazidos para o lixão no período que o Prefeito Lauro Falcão havia autorizado a limpeza de algumas gavetas no cemitério local. Na mesma época, de acordo com informações de uma professora que não quis se identificar, o aterro da Escola Municipal Carmem e Silva foi realizado com a terra retirada do cemitério, o que causou espanto nas crianças que viram ossadas de esqueleto humano expostas durante o aterramento.

Fonte: Blog Interior do Estado

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