Cidades

Doze empresas com atuação na Bahia estão na lista suja por trabalho escravo

Publicado em 15/03/2017, às 09h43   Redação Bocão News



O Ministério do Trabalho puniu, com decisão administrativa transitada em julgado entre dezembro de 2014 e dezembro de 2016, 12 empresas com atuação na Bahia por conta de trabalho escravo.

Os dados foram divulgados pelo Blog do Sakamoto, do portal Uol, nesta terça-feira (14). Os empregadores foram autuados por terem estabelecimentos em que foi constatada a submissão de trabalhadores em condições análogas às de escravo. 

De acordo com a lista disponibilizada pelo Ministério do Trabalho,  a Agropecuária Fazenda Santo Antonio Ltda, pertencente a Alfio Gabriel Thomaselli Filho, foi autuada em 2011 por irregularidades na Fazenda dos Dois Amores II e Fazenda Santo Antônio, na zona rural de Correntina, no oeste baiano. Lá, a fiscalização encontrou 30 trabalhadores em condições de escravidão. A empresa tem como sócios, além de Alfio Filho, Eduardo Salim Hamdan e Flávio Luís Vasconcelos Bello. 

Autuado também em 2011, o empregador Elton Nunes Garcia foi punido por ter dois trabalhadores em situação análoga a de escravos na Fazenda Garcia, em Riachão das Neves. 

Em 2008, Euvaldo de Souza Pereira foi autuado por manter 38 pessoas sob regime de escravidão na Fazenda Sertânia, também em Riachão das Neves.

Responsável pela construção do residencial Caminho do Mar (foto acima), na Estrada da Cetrel, em Camaçari, a Gráfico Empreendimentos foi punida em 2013 após a fiscalização encontrar oito trabalhadores em situação análoga à escravidão. 

Em 2012, o empregador Helmuth Rieger foi autuado por manter nove pessoas em situação irregular na Fazenda Flor da Esperança, no povoado de Estiva, na zona rural de São Desidério.

José Carlos Arrighi, dono da Fazenda Barcelona, em Cristópolis, foi flagrado em 2011 com sete trabalhadores em condição de escravidão.

O empregador Juarez Lima Cardoso, proprietário da Fazenda Sítio Novo, na zona rural de Vitória da Conquista, foi alvo da fiscalização do Ministério do Trabalho, que encontrou, em 2013, 26 pessoas em condições semelhantes a de escravo.

Tamém em 2013, o empregador Marcondes Antônio Tavares de Farias foi flagrado com 33 pessoas em regime de escravidão na Fazenda MF1, no município de Barreiras. 

Em 2012, o empregador Nelson Astor Pooter, dono da Fazenda Novos Tempos I, foi autuado por ter 10 pessoas em situação de escravidão na cidade de São Desidério.

Em 2013, a NTR Engenharia Ltda foi autuada pelo Ministério do Trabalho depois que cinco trabalhadores foram flagrados em situação irregular na construção do ginásio do Instituto Federal da Bahia (IFBA) em Ilhéus.

No ano de 2009, o empregador Paulo Edgar Closs, dono da Fazenda São Carlos VI, em São
Desidério, foi punido por ter 14 pessoas em situação de escravidão.

Em 2013, o empregador Paulo Silva, proprietário da Fazenda Sândalus, na zona rural de Vitória da Conquista, foi punido por ter 24 trabalhadores em condição análoga à escravidão. 

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