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Servidores de Santo Amaro ameaçam greve e planejam protestar na festa da Purificação

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No início da semana, prefeito foi alvo de ação civil do Ministério Público  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Google Street View

Publicado em 10/01/2018, às 12h00   Vinícius Ribeiro



Os servidores da prefeitura de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo baiano, vêm sofrendo com o gerenciamento dos recursos do Município imposto pela administração local. Segundo denunciam os funcionários públicos, os salários estão sendo pagos em lotes por categoria. As categorias ainda reivindicam a instituição de um calendário oficial de pagamento.

Em conversa com o BNews, a direção do Sindicato dos Servidores Municipais de Santo Amaro [Sindiser], afirmou que a situação se agravou a partir da metade do ano passado. "Desde então começou a atrasar muito e o pagamento é feito aos poucos. Paga o grupo da Educação em um dia, depois demoram uma vida para pagar outro (grupo). Geralmente o pessoal da Saúde é o último que recebe, passam do quinto dia útil", apontaram. 

Além dos trabalhadores da saúde e educação, conforme o Sindiser, os funcionários da área administrativa também enfrentam o problema. A entidade ressalta que as tentativas de negociação com a prefeitura não apresentam avanço: "O Sindiser tem tentado exaustivamente sentar com o prefeito Flaviano Rohrs (DEM) no sentido de dialogar sobre as demandas do funcionalismo, já tão castigado em governos anteriores e principalmente nos oito anos do governo Ricardo Machado".

FAIXAS E CARTAZES - Por conta do impasse, foi sinalizada na última assembleia a possibilidade de paralisação das atividades. Os servidores ainda afirmam que, caso a situação não seja normalizada, vão protestar durante a tradicional Festa da Purificação, no final deste mês, com faixas e cartazes.  

Seguindo os sindicalistas, uma reunião foi realizada na manhã desta quarta-feira (10) na Secretaria de Educação, onde foi solicitado um ofício com a pauta de reivindicações e o agendamento de um novo encontro na próxima terça-feira (16). Ainda segundo o Sindiser, outra reunião seria realizada ainda hoje na pasta de Administração, com a presença do vice-prefeito Justino dos Santos.   

A reportagem tentou contato com a prefeitura de Santo Amaro através de ligações telefônicas, mas não obteve êxito.

MINISTÉRIO PÚBLICO - Na segunda-feira (8), o Ministério Público da Bahia (MP-BA) ajuizou ação civil pública contra o prefeito Flaviano Rohrs da Silva por improbidade administrativa. Segundo o promotor de Justiça João Paulo Santos Schoucair, o gestor realizou contratação direta - mediante processo ilegal de dispensa de licitação - da empresa ‘Derivados de Petróleo Sergy’ para fornecimento de combustíveis e óleos lubrificantes no montante de cerca de R$ 1,135 milhão, após ter decretado estado de emergência em Santo Amaro. Alvo da Operação Adsumus, da Polícia Federal, o ex-prefeito Ricardo Machado (PT) foi afastado do cargo, chegou a ser preso e atualmente responde em liberdade. 


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