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Ferries abandonados na Bahia geram gasto anual de R$ 140 mil ao Estado

Reprodução / TV Bahia
Uma das embarcações está inoperante há 20 anos  |   Bnews - Divulgação Reprodução / TV Bahia

Publicado em 15/08/2018, às 07h33   Redação BNews


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Duas embarcações que faziam parte do sistema ferry boat, que faz a travessia entre Salvador e a Ilha de Itaparica, estão abandonadas em uma marina na Baía de Aratu, em Simões Filho, região de metropolitana de Salvador. As informações foram publicadas pelo G1, que reproduziu uma reportagem da TV Bahia. Atualmente, o sistema é operado pela Internacional Travessias, a qual assumiu a administração em 2013, após o Governo da Bahia declarar caducidade do contrato com a TWB.

De acordo com o site, R$ 140 mil são gastos por ano pelo Governo do Estado para manter os ferries, que viraram sucata.  A reportagem detalha que a embarcação Mont Serrat está fora de operação há 20 anos e tem a estrutura bastante comprometida. Já o Ipuaçu, está desativado há 5 anos e também já está sucateado.

No Mont Serrat, os efeitos do tempo estão espalhados pelo casco. O aço está corroído e alguns buracos na estrutura estão aparentes. A vegetação cresce na estrutura de aço. Há sinais de infiltração por todo o navio e furos em toda parte do convés. Sempre na cheia da maré, o porão fica encharcado.

O engenheiro naval Marcos Parahyba explica que a embarcação só não afundou por causa de uma manutenção diária. "Está sendo feito um bombeamento 4h por dia. Mas, se esse bombeamento não for feito, ela pode afundar em menos de 24h. Em 18h. Com chuva, também, piora a situação, porque o convés dela não é estanque. Então, além da entrada de água pelas perfurações do casco, você tem entrada de água também pelo convés", contou o engenheiro para emissora de TV.

A equipe de reportagem de televisão teve acesso ao interior da embarcação Ipuaçu. Na parte de dentro, no salão principal da embarcação, o cenário é de abandono. Cadeiras estão jogadas pelo chão, parte do teto desabou há muitos de coletes salva-vidas. Muitos deles nem foram usados, ainda estão dentro das embalagens, mas fora do prazo de validade.

A reportagem lembra que, em 2011, depois de zarpar do Terminal de Bom Despacho, na Ilha de Itaparica, o Ipuaçu apresentou problemas e ficou à deriva por 40 minutos. Dois anos depois, foi desativado e encostado onde está até hoje. A promessa era de recuperar a embarcação para voltar a operar.

A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), responsável pela manutenção das embarcações, informou que vai regularizar a documentação dos dois ferries e leiloá-los.

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