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Semop explica presença de feirantes nas ruas de Cajazeiras e sindicato critica posicionamento do Mercado Municipal

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"A gente está discutindo, porque na verdade o mercado lá ficou mal posicionado", disse Nilton Ávila  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 27/10/2018, às 19h58   Rafael Albuquerque



Inaugurado no final de 2015, o Mercado Municipal de Cajazeiras pegou fogo em junho do ano passado, o que trouxe prejuízos a muitos feirantes. Com a consequente decocupação de parte do prédio para reforma, muitos feirantes voltaram a trabalhar nas ruas de Cajazeiras, em especial na Rótula da Feirinha. E é justamente lá onde morades têm reclamado da desordem na relocação dos ambulantes, que por vezes atrapalham a passagem de pedestes nas calçadas ou ficam na beira da pista.
Diante do impasse, a reportagem procurou a secretaria municipal de Ordem Pública (Semop) para saber de que forma está sendo feito o ordenamento da referida região: "em função do incêndio criminoso ocorrido no Mercado de Cajazeiras, no qual perdeu por completo o segundo andar do edifício, e entendendo a necessidade de os ambulantes trabalharem para sustentarem suas famílias, tem buscado organizar a Rótula de Cajazeiras com fiscalização constante no local".
Em nota, a Semop confirmou que alguns feirantes têm a liberação para atuação temporária nas ruas: "vale destacar que muitos desses comerciantes informais ficaram sem opções de espaço para exercer a atividade, por isso foi permitido temporariamente a utilização da rótula até à finalização das obras do Mercado de Cajazeiras".
A secretaria afirmou que um novo projeto está em andamento para o Mercado: "no novo projeto, a área externa do mercado será destinada à feira livre. Até à finalização da obra, foi acordado com os comerciantes informais para não obstruírem a passagem de pedestres e dos carros, visando o ordenamento da via pública em prol da coletividade".
A Semop também lembrou da crise e que o alto número de desempregados faz com que cresça a informalidade: "vale ressaltar ainda que o número de comerciantes informais tem aumentado nos últimos anos em função da crise econômica que abala o país. No Brasil, são mais de 13 milhões de desempregados, muitos deles quando não conseguem retorno ao mercado de trabalho, buscam como alternativa o mercado informal".
O presidente do Sindicato dos Feirantes de Salador, Nilton Ávila, afirmou ao BNews que a prefeitura não deu prazo para o retorno ao Mercado Municial e foi além da reforma do equipamento ao afirmar que ficou mal posicionando, prejudicando muitos vendedores e fazendo com que alguns voltassem para as ruas: "a gente está discutindo, porque na verdade o mercado lá ficou mal posicionado. Aqui a gente tem a cultura de comprar por onde passa. Muitos feirantes que foram lá pro mercado acabaram abandonados. A prefeitura prometeu ações lá e não fez", criticou.
Ávila ressalta que espera uma providência do secretário: "na verdade já foi solicitada ao secretário uma reunião. Só estamos aguardando uma resposta". Sobre os ambulantes fora do Mercado Municipal, o presidente do sindicato falou sobre a influência da crise e destacou: "é uma briga de gato e rato. A prefeitura tá ali, não tem um efetivo que possa fiscalizar o tempo todo. Enquanto tá ali, tá organizado, quando sai, desorganiza tudo. É a lei da sobrevivencia".

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