Cidades

Governo se mobiliza para prevenir e combater incêndios na Chapada Diamantina

Publicado em 16/10/2011, às 12h38   Redação Bocao News


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A inauguração da Companhia Independente de Policiamento de Proteção Ambiental (Cippa) na última sexta-feira (14), no município de Lençóis, reforça o conjunto de ações que têm sido realizadas no estado, em especial, nas regiões da Chapada Diamantina e do oeste baiano, com o intuito de reduzir, combater e controlar os danos ambientais causados pelas queimadas. A unidade policial também é uma das estratégias adotadas pelo poder público para prevenir ainda a caça e comercialização de animais silvestres e transporte ilegal de madeira.

A região da Chapada é famosa pela diversidade de flora e fauna. O comandante da Cippa Lençóis, major Deraldo Moraes, disse que a área de atuação da companhia compreende oito territórios de identidade, localizados nas regiões centro e oeste do estado. São 126 municípios, que totalizam 275 mil quilômetros quadrados. Antes mesmo da inauguração da estrutura física, policiais da Cippa já participavam das ações do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

Durante a cerimônia, o comandante geral da PMBA, coronel Alfredo Braga de Castro, informou que agora são três unidades voltadas para esse tipo de procedimento no estado. As outras duas são em Salvador e Porto Seguro. “É um policiamento diferenciado voltado à proteção ao meio ambiente, à natureza”. O superintendente estadual do Ibama, Célio Costa, também participou da inauguração da unidade de policiamento ambiental.

Campanha Bahia sem Fogo envolve a sociedade

Os meses de agosto e setembro costumam registrar mais focos de calor porque estão dentro do período mais quente do ano nas regiões oeste e Chapada Diamantina. Além das ações rotineiras de monitoramento e fiscalização realizadas pelo Inema, órgão vinculado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema), várias medidas têm sido adotadas por meio da campanha Bahia sem Fogo para mobilizar a sociedade e envolvê-la nas questões de preservação de biomas como a caatinga o cerrado e as faixas de transição.

De acordo com a técnica do Inema, Fabíola Cotrim, nas duas regiões, as equipes do instituto contam com apoio dos profissionais da Cippa e do Corpo de Bombeiros nos trabalhos de prevenção e conscientização sobre novas maneiras de cultivos e de preservação do solo. As diretrizes são definidas pelo Comitê Estadual de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais na Bahia, formado por nove secretarias de Estado, além de instituições municipais e federais.

Nas propriedades rurais, os técnicos do Inema verificam itens como a dispensa ou licença para supressão de vegetação, licença para queima controlada e averbação de reserva legal. Todas as informações do levantamento vão para o relatório de fiscalização. No Parque Nacional da Chapada Diamantina os trabalhos são divididos com o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) do Ministério do Meio Ambiente.

Técnicos conscientizam moradores do Quilombo Remanso

Na manhã desta sexta-feira, representantes do Inema também participaram de uma reunião no Quilombo Remanso, a aproximadamente de 30 quilômetros da sede de Lençóis. O objetivo do encontro foi mobilizar os cerca de 280 moradores para conscientizá-los sobre a necessidade de preservação da vegetação nativa.

O líder quilombola e presidente da Sociedade Beneficente dos Pescadores de Remanso, Getúlio Pereira da Silva, é um agente multiplicador das informações na localidade. Ele afirmou, inclusive, que dialoga com os mais velhos e os convence de que atear fogo não aumenta a produtividade, mas sim prejudica a biodiversidade das matas ciliares e as visitas guiadas aos turistas que se tornaram um importante incremento na renda das famílias.

Cerca de 500 brigadistas voluntários também atuam nos municípios da Chapada Diamantina no combate aos incêndios florestais, entre outros crimes ambientais. Somente na região de Andaraí, são 25 moradores. O coordenador do Grupo de Operações Especiais da Chapada Diamantina, Homero Vieira, disse que em Andaraí foram registrados aproximadamente 70 focos de incêndio desde o início de setembro. "Na maioria deles, não permitimos que o fogo crescesse. Temos evitado grandes calamidades. No Poço do Burro, que é uma região de mata ciliar, nós encontramos tamanduá queimado, mico queimado e conseguimos evitar que o fogo causasse um desastre ambiental maior”.

Equipamentos

No Diário Oficial da última terça-feira, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) anunciou o resultado da licitação para compra de equipamentos de proteção individual e materiais para combate incêndio. Serão quase R$ 300 mil em equipamentos fornecidos por duas empresas distintas.

As infiormações são da Secom

Classificação Indicativa: Livre

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