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Lauro de Freitas: advogada acusa PM e delegado de agressão dentro de delegacia; veja vídeo

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Caso aconteceu na madrugada deste domingo (3), na região metropolitana de Salvador  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 04/02/2019, às 07h11   Redação BNews


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Um policial militar da 81ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) e o delegado Giovani Paranhos Santos, plantonista da 23ª Delegacia, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, são acusados de ameaça, agressão física e verbal. O caso, ocorrido na madrugada deste domingo (3), foi denunciado pela advogada criminalista Thalita Coelho Duran. A situação teria ocorrido dentro da unidade.

Ao G1, a advogada contou que acompanhava quatro rapazes presos pelos policiais, sob a acusação de tráfico de drogas. Inicialmente, segundo a criminalista, ela estava como representante de um dos jovens presos, mas acabou definindo com a família dos presos que ficaria como defensora dos quatro. Neste momento, o delegado fez os primeiros insultos. “Ele disse ‘agora você garantiu o seu honorário do fim de semana’. Eu não disse nada a ele”, contou.

Thalita também relatou que o delegado impediu que ela conversasse a sós com os clientes, antes dos depoimentos. A advogada aponta que houve arbitrariedade na condução dos presos à delegacia, feita pelos PMs, e também no procedimento realizado na unidade policial, pelo delegado.

Após as oitivas, a criminalista relata que só teve acesso ao documento de um dos depoimentos e o delegado pediu que ela assinasse os documentos dos presos sem ler. Ao questionar, ela disse que foi agredida verbalmente, e impedida de sair da sala. “Ele mandou eu calar a boca duas vezes. Me xingou. Foi quando peguei o celular e disse que ia filmar. Aí ele [delegado] abriu a porta para eu sair, e o PM veio para cima de mim. O delegado ficou dizendo ‘vamos prender ela, vamos dar um flagrante nela?’”, lembra.

Thalita contou também que foi ameaçada e agredida pelo PM, que a empurrou ao ver que fazia um vídeo. As imagens foram apagadas, mas ela conseguiu recuperar. “O PM disse ‘não troque as bolas não, que comigo o bagulho é diferente’”.

A Ordem dos Advogados da Bahia (OAB) foi acionada, e na companhia de um representante, esteve na Corregedoria da PM, onde registrou o ocorrido. Thalita disse que vai registrar a situação também na Corregedoria da Polícia Civil.

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