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Jeremoabo: perseguição de policiais a ciganos após morte de PM é investigada

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Além do policial, outros dois homens foram mortos após briga, em novembro de 2017  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Google Street View

Publicado em 03/05/2019, às 12h30 - Atualizado às 13h30   Redação BNews


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A perseguição à uma comunidade cigana em Jeremoabo, no nordeste baiano, após a morte de um policial militar durante uma discussão com ciganos em um bar, é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF). O crime ocorreu no dia 2 de novembro de 2017.

De acordo com o órgão federal, em março do ano passado foi instaurado um procedimento preparatório que apura supostas perseguições à comunidade após o episódio. As informações estão em uma portaria assinada pelo procurador da República Edson Abdon Peixoto Filho, publicada nesta sexta-feira (3).

Na época do ocorrido, dois ciganos também morreram. Um inquérito instaurado pela Polícia Civil investiga o motivo da morte do policial José Bonfim Lima, além dos assassinatos dos ciganos Lwillys Messias da Silva e Donizete Alves da Silva.

Suspeitos de matarem o policial, Jelson da Silva, o "Gelson Cigano", os filhos dele, Bruno Jordão Matos da Silva e Rogério Matos da Silva, além de Cosme de Jesus Silva e Carlos Daniel dos Santos Lima, foram presos em um imóvel do bairro Saudade II, em Castanhal,  no estado do Pará. Com eles, os policiais encontraram duas armas de fogo e cerca de R$ 28 mil em espécie.

Testemunhas relataram para polícia que o PM José Bonfim Lima brigou no bar com os filhos de Jelson, mas o pai dos rapazes não estava no estabelecimento. Houve luta corporal e um dos homens tomou a arma do policial, fugindo em seguida. Portando uma segunda arma, José foi à casa de Jelson e dos filhos. Houve troca de tiros e o policial que estava na corporação há 14 anos morreu.

À reportagem, a assessoria da Polícia Militar informou que todas as medidas penais e administrativas foram adotadas pela unidade operacional que detém a responsabilidade pela área de atuação no município de Jeremoabo. Acrescentou ainda que a corporação coloca-se à disposição do colegiado do MPF para colaborar no que for possível e necessário para cumprir o mister constitucional do procedimento instaurado.

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