Cidades

"Só deu tempo de salvar os documentos", conta morador que perdeu casa e móveis após rompimento de barragem

Vagner Souza/BNews
Ainda não há registro de feridos ou desaparecidos em Pedro Alexandre e Coronel João Sá   |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 12/07/2019, às 15h00   Diego Vieira



"Eu estava trabalhando no curral quando a minha filha chegou correndo, dizendo que a água tinha invadido a nossa casa. Quando eu cheguei aqui tinha muita gente tentando salvar os móveis, mas não deu tempo tirar nada. A água já tinha levado tudo. Só deu tempo de salvar os documentos".

O depoimento é do vaqueiro Fredson de Andrade, morador do distrito de Boa Sorte, uma das localidades atingidas pelo rompimento da barragem do Quati, nesta quinta-feira (11). Emocionado, ele conversou com a reportagem do BNews em meio aos destroços do que sobrou do imóvel, que fica às margens da BR-235.

Pai de dois filhos, ele conta que conseguiu um abrigo na fazenda onde trabalha, localizada a menos de um quilômetro de sua casa. "Eu, minha esposa e meus filhos estamos em um depósito que foi cedido pelo meu patrão lá na fazenda. Vamos ficar lá até a gente tomar um rumo na vida", disse.

A família do vaqueiro se soma as mais de 500 pessoas que ficaram desalojadas após o rompimento da barragem do Quati. A água inundou diversas residências nos municípios de Pedro Alexandre e Coronel João Sá. Não há registro de feridos ou desaparecidos em nenhuma das duas cidades.

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