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Advogado nega prisão de filho de suspeito preso na Operação Pé de Coelho

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À reportagem, João Daniel Jacobina explicou que a prisão preventiva foi revogada antes de ser cumprida  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 13/09/2019, às 12h51   Redação BNews


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O advogado de Hugo Coelho Juncal, filho de José Passos Juncal, preso por supostamente integrar uma organização criminosa desmontada pela Operação 'Pé de Coelho', deflagrada no último dia 22, em Lauro de Freitas e Itaparica, na Bahia, afirmou que o cliente dele nunca foi preso.

Na primeira etapa da ação desenvolvida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e Polícia Civil, foi preso o pai dele, José Passos Juncal. Quando a operação foi deflagrada, o promotor de Justiça Hugo Casciano disse que Hugo estava foragido e que as autoridades, inclusive a Interpol, já tinham sido alertadas da situação.

O BNews havia divulgado que ele foi preso em Madri, na Espanha, na quinta-feira (12). À reportagem, João Daniel Jacobina explicou que a prisão preventiva foi revogada antes de ser cumprida na Espanha. “Essa pessoa é outra. Essa prisão não diz respeito ao meu cliente citado”. A revogação foi feita pelo juiz Ícaro Almeida Matos, da 1ª Vara Criminal Especializada, em Salvador. A decisão é do dia 11 de setembro.

A operação

Segundo o promotor de Justiça Hugo Casciano, o esquema envolveu, além de crime de sonegação fiscal, prática de lavagem de dinheiro. “Durante a investigação detectamos a aquisição de inúmeros bens, inclusive imóveis de luxo”, disse. 

Conforme o representante do órgão, a investigação teve início a partir de relatório de inteligência produzido pela Inspetoria de Investigação e Pesquisa Fazendária (Infip) da Sefaz, com informações de que “um grupo empresarial estava criando várias empresas para sonegar impostos, criadas em nome de laranjas, e quando os débitos tributárias se alargavam, em número de milhões, essas empresas eram declaradas inaptas e outras eram criadas no mesmo ramo empresarial, com novos CNPJ e quadro societário, para enganar o fisco”. 

Foram identificadas pelo menos seis empresas e quatro laranjas, cujos nomes foram utilizados à revelia deles nos quadros societários. Entre as empresas estão a HJ Distribuidora e a Pier Marin Distribuidora.

Atualizada no dia 14 de setembro de 2019, às 09h30.

Classificação Indicativa: Livre

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