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Emissão de poeira em obra da MRV prejudica moradores de Lauro de Freitas; veja vídeo

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Não é a primeira vez que a edificação está em envolvida em polêmicas  |   Bnews - Divulgação Leitor/BNews

Publicado em 10/10/2019, às 08h18   Aline Reis


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A obra do Condomínio Solar de Vilas, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS) têm causado transtorno para moradores que residem próximo à construção. A edificação é conduzida pela construtora MRV. 

Denunciantes procuraram o BNews para relatar que desde agosto os moradores do Condomínio Parque Solar do Atlântico, vizinho à obra, têm convivido diariamente com a emissão de poeira de cimento. 

“Estamos respirando a poeira de cimento todos os dias e não sabemos as consequências que isso pode causar para nossa saúde. Temos crianças que estão passando mal, tendo crise respiratório/alérgica. Além disso, não temos sossego com relação à poeira dentro de casa, nos carros que ficam em área aberta, os espaços de lazer também não podem mais ser utilizados. Nosso bem-estar e todo nosso patrimônio estão prejudicados”, relatou uma moradora.

O ápice de lançamento do insumo em massa aconteceu na última terça-feira (08) (Veja o vídeo)

Nas imagens é possível ver que a torre utilizada pela MRV, conhecida como “Central Dosadora de Concreto”, lança a poeira de cimento de forma irregular, uma vez que, a esteira de rolagem ligada ao equipamento não faz o procedimento para realizar o descarte correto do material à nível do mar. 

Em nota, a construtora informou que “devido a um erro do nível da pressão da entrada do cimento no silo sua tampa foi equivocadamente aberta. Para evitar que esse transtorno ocorra novamente a empresa vedou hoje a tampa do silo e providenciará a limpeza do condomínio afetado”.

Segundo a denunciante, uma higienização não será suficiente para reparar. “Os carros estão com o material grudado na pintura, lavar somente não resolve, principalmente se não for imediato”. 


Questionada, a Prefeitura de Lauro de Freitas afirmou que a MRV possui licenças ambientais para o loteamento. A gestão ainda ressaltou que as condicionantes estabelecidas nas licenças são periodicamente monitoradas. 

O órgão esclareceu que não há registro de denúncia de moradores em relação a esses transtornos recentes, uma equipe da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) vai ao local apurar a denúncia e adotar as providências necessárias.

Não é a primeira vez que o residencial Solar de Vilas está em envolvido em polêmicas, em setembro o Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou, após denúncias, um procedimento preparatório de inquérito civil para investigar a eficiência dos sistemas de tratamento de resíduos sanitários da obra. 

O destino dos efluentes gerados pelo empreendimento não é claro quanto às proporções de danos que podem causar ao meio ambiente, de acordo com o judiciário. 

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