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Prefeita de Wanderley contrata empresa do marido sem licitação e vira alvo de ação na Justiça

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Ao BNews, a prefeitura afirmou que não foi notificada ainda   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 07/11/2019, às 11h10   Redação BNews



A prefeita da cidade de Wanderley, Fernanda Silva Sá Teles, está sendo alvo de uma ação popular na Justiça, suspeita de ter praticado improbidade administrativa. A gestora pública teria contratado sem qualquer tipo de licitação a empresa do marido, o médico Everton Paulynele, para prestar serviços na Casa Municipal de Saúde desde 2017. O dinheiro utilizado para custear os procedimentos pertence ao Fundo Municipal de Saúde (FMS). Além da irregularidade no modelo de contratação, a ação aponta uma série de outros equívocos. O esposo que é clínico geral teria sido contratado para realizar exames de cardiologia e ultrassonografia, mesmo sem ter a residência médica necessária. O município fica a 130 km de Barreiras, no Oeste do Estado, onde vivem 12.238 mil habitantes.
Além da acusação de improbidade administrativa, o processo arrola provas de que não há a devida comprovação dos serviços prestados pelo marido da prefeita. O único documento que atesta os pagamentos são notas fiscais desacompanhadas de relatórios de atividade ou controle de frequência das atividades do médico. Estima-se que somente esse ano os contratos causaram aos cofres públicos o dano de R$ 461.600,00 (quatrocentos e sessenta e um mil e seiscentos reais), valor do faturamento do médico Everton Paulynele, marido da prefeita. O casal tem um filho. A movimentação indevida sugere a prática de enriquecimento ilícito da prefeita e sua família

Além dissoo médico anexou apenas certificados de cursos que não comprovam o exercício do Programa de Residência, conforme estabelece o Art. 6º da Lei Federal n. 6.932/1981. A apresentação de certificados de meros cursos, sem vinculação a programa de residência médica, para justificar a contratação para realizar exames de cardiologia e ultrassonografia, viola, inclusive, o Art. 4º da Resolução n. 1.634/2002 do Conselho Federal de Medicina.  O nº da ação de improbidade administrativa para consulta processual: 8000416-34.2019.8.05.0070.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Wanderley que afirmou que estão cientes sobre o caso, mas não vão se pronunciar no momento, pois ainda não foram notificados. Por telefone, o secretário de Administração, José Fernando de Freitas afirmou ao BNews que existem documentos comprovatórios que a prefeita Fernanda Sá não era casada na época com Everton Andrade. 

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