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Candidato à Câmara de Ipirá acusa ex-aliado de usar caçamba da prefeitura para comprar votos; vereador e gestão negam

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O vereador negou as acusações e disse que vai registrar uma queixa-crime e acionar a Justiça Eleitoral contra o candidato  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 22/10/2020, às 13h53   Redação BNews


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O ex-vereador Raimundo Simas (DEM), que concorre novamente à Câmara Municipal de Ipirá, cidade a cerca de 200 quilômetros de Salvador, acusou o candidato à reeleição, Laelson Neves (DEM), de usar uma caçamba da prefeitura para prestar serviço de  “compra de voto” em troca de materiais de construção. Simas e Neves são ex-aliados.

O ex-vereador gravou um vídeo em que mostra o veículo da administração municipal descarregando areia no povoado de Pau-Ferro. "Mais uma caçamba de areia, com o administrador Zé Carlos do povoado, com certeza a mando do vereador Laelson, o vereador que o povo elegeu, inclusive eu, e abandonou o povo  e agora véspera de eleiçao quer comprar as pessoas com a caçamba de areia", narra o político. [veja vídeo abaixo]

Na gravação, Simas afirma ainda que o cunhado do vereador Laelson Neves, o administrador José Carlos, estava dentro do veículo no momento da distribuição do material.

A reportagem entrou em contato com o veredador Laelson que negou as acusações. Ele alegou que não estava presente na filmagem e disse que vai registrar uma queixa-crime e acionar a Justiça Eleitoral contra Raimundo Simas. 

"Não é de minha prática usar a máquina pública para me favorecer. No momento em que o vídeo foi gravado eu estava em um povoado com o deputado João Roma. Ipirá me conhece e sabe quem é o vereador Laelson. Estou há mais de sete anos no legislativo e zelo pelo meu nome. Desejo que, caso esse candidato seja eleito, que trabalhe pelo povo de Ipirá", diz.

Sobre o veículo que aparece no vídeo, a prefeitura de Ipirá, por sua vez, informou através do secretário de infraestrutura, Celso Dantas, que a caçamba da administração municipal estava prestando seriviços para uma obra na comunidade. "Os serviços prestados pela Prefeitura de Ipirá não podem parar mesmo em período eleitoral. O administrador José Carlos é funcionário da prefeitura e estava acompanhando uma prestação de serviço à comunidade do Pau Ferro, e não vê nenhuma ilegalidade nisso", explica o secretário.

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