Cidades

Promotor vê crime de tortura em caso de morador agredido e defende que PMs sejam expulsos

Vagner Souza / Arquivo BNews
Episódio aconteceu na cidade de Ipiaú, no sul da Bahia, após homem chamar a polícia  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza / Arquivo BNews

Publicado em 13/05/2021, às 19h45   Léo Sousa


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O promotor do Ministério Público da Bahia (MP-BA) Davi Gallo vê evidências de crime de tortura no caso do morador de Ipiaú, sul do estado, agredido em sua residência por policiais militares.

O episódio aconteceu na noite do último 4 de maio. Edmilson, de 45 anos, acusa PMs de tê-lo agredido. O morador conta que, após perceber que sua casa estava sendo invadida por um suspeito, chamou a polícia.

"Eu pensei que a polícia não vinha mais. Quando eles chegaram, eu falei que não tinha mais ninguém aqui, que tinha ido embora e falei 'vocês demoraram'. Quando eu falei, [um dos policiais] já veio apontando o dedo na minha cara, me chamando de filho da pu**. Me deu um soco, me jogou em cima da estante, depois me jogou no chão e começou a dar soco na minha cara e bater minha cabeça no chão [...] Chamei pela proteção da minha família, disse 'olha o que você tá fazendo comigo", relatou o homem, em entrevista à Record TV Itapoan nesta quinta-feira (13).

"Está tudo errado, completamente errado. É crime, e o crime de tortura é um crime grave [...] A quem é que esses policiais respondem? Não se pode viver num grau de violência em que o cidadão é torturado dentro de sua residência. Estamos num país livre. Ele não fez nada mais do que cobrar celeridade. Afinal de contas, pagamos impostos pra isso, pra ter segurança. Pela imagens, se trata de um crime de tortura", avaliou o promotor do MP.

Davi Gallo defendeu, também em entrevista à Record, que o Comando da PM abra uma apuração sobre o caso, que deve ser acompanhada pelo Ministério Público estadual, segundo ele. 

"Esse tipo de gente tem que ser afastado, expulso sumariamente. Eu tenho visto casos similares, e a corregedoria tem tomado atitude [...] São indivíduos que maculam a imagem da Polícia Militar", disse.

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