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Seis cidades da Bahia têm situação de emergência reconhecida devido a falta de chuvas

Fernando Frazão/ Agencia Brasil
O reconhecimento do impacto da ausência de precipitações foi publicado no Diário Oficial da União (DOU)  |   Bnews - Divulgação Fernando Frazão/ Agencia Brasil

Publicado em 01/09/2021, às 09h27   Redação Bnews


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O governo federal reconheceu a situação de emergência em seis cidades da Bahia devido à falta de chuvas. Os municípios de Caturama, Guajeru, Pedro Alexandre, Senhor do Bonfim, Tanhaçu e Tremedal, já sofrem os efeitos do período prolongado de baixa pluviosidade.

O reconhecimento do impacto da ausência de precipitações foi publicado na edição desta terça-feira (31) do Diário Oficial da União (DOU). Outros municípios da região Nordeste também tiveram a situação de emergência reconhecida pelo mesmo motivo. 

Em outras duas cidades brasileiras a preocupação é com fenômenos naturais distintos. Em Poço Fundo (MG), a geada impactou toda a economia local. Já em Balneário Barra do Sul (SC), a ressaca do mar trouxe prejuízos para a população. 

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), após o reconhecimento, os municípios podem solicitar ao órgão recursos para ações voltadas à assistência e restabelecimento de serviços essenciais.

“Com base nas informações enviadas por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com a especificação do valor a ser liberado”, informou o órgão.

Estiagem e racionamento

A estiagem prolongada não afeta apenas cidades baianas. A falta de chuvas já deixou os principais reservatórios de geração elétrica do Rio de Janeiro e de São Paulo com volume útil abaixo de 40%. 

Segundo os dados do Sistema de Acompanhamento de Reservatórios da Agência Nacional de Águas (ANA), na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, que abastece o Rio de Janeiro, o reservatório de Paraibuna está em 27,20% do volume útil, Jaguari com 29,32%, Santa Branca com 19,78%, e Funil com 38,83%.

O primeiro pertence à Companhia Energética de São Paulo (Cesp), o segundo é de responsabilidade de Furnas e os últimos pertencem à Light, fornecedora do Rio de Janeiro.

O ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque pediu o envolvimento de toda a sociedade para evitar apagões e racionamento de energia nos próximos meses. 

Segundo o ministro, a perda de geração hidrelétrica provocada pela estiagem no Centro-Sul no fim do ano passado e no início deste ano equivale ao consumo de energia de uma cidade como o Rio de Janeiro por cerca de cinco meses.

O ministro classificou a seca como um fenômeno natural, que também ocorre em “muitos outros países” com a mesma intensidade. No entanto, ressaltou que a estiagem terá impacto sobre a geração de energia na maior parte do país.

“A nossa condição hidro energética se agravou. O período de chuvas na Região Sul foi pior que o esperado. Como consequência, o nível dos reservatórios de nossas usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste sofreram redução maior que a prevista”, declarou.

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