O ex-prefeito de Ipirá, Diomário Sá (PR), procurou o Bocão News na manhã desta terça-feira (5) para esclarecer a situação financeira que herdou à sucessora no Município, Ana Verena Colonnezi (PR). Sá veio em defesa de sua gestão e da atual prefeita, afastada do cargo por motivos de saúde e acusada pelo candidato derrotado Marcelo Brandão (DEM) de sair do exercício do cargo por constatar uma situação caótica na prefeitura.Diomário Sá trouxe á redação um documento oficial da prefeitura em que revela ter deixado à disposição da nova gestão um montante de R$ 8,926 milhões. Este dinheiro está dividido em R$ 2,375 milhões de verbas livres de investimento subordinadas diretamente ao gabinete, R$ 4,267 mi para a Educação, R$ 1,395 mi para a Saúde e R$ 924 mil para a pasta da Assistência Social. O demonstrativo foi assinado pelo ex-prefeito, os titulares das secretarias municipais de Finanças, Saúde, a gerência de contabilidade e o tesoureiro da prefeitura, comprovando sua veracidade.
Após levantar a situação da prefeitura, o ex-administrador atestou que levará o mesmo documento para que seja protocolado junto ao Tribunal de Contas dos Municípios. Segundo ele, todo o esforço serve para provar que as denúncias de Marcelo Brandão são “factoides” e que a licença da prefeita ocorre por nenhum outro motivo senão sua condição de saúde. As “heranças malditas”, devolve o ex-prefeito, foram na verdade herdadas de um ex-prefeito ao qual Brandão é ligado, inclusive por laços familiares.
Sá referia-se a Luiz Carlos Martins, que era prefeito logo antes de seu período de dois mandatos à frente da prefeitura. Nesta gestão em Ipirá, Marcelo Brandão exercia o cargo de superintendente de comunicação, cargo herdado porque, diz Diomário, Brandão é casado com uma sobrinha do antigo gestor. Ele relata uma série de problemas que encontrou, com dívidas com diversos órgãos estaduais e federais e que, ao longo dos últimos oito anos, foram saldados. Entre eles relaciona um de R$ 25 milhões com o INSS que, após um parcelamento de 240 meses, está sendo solucionado.
Já relativo a outros débitos que ainda estão pendentes, o ex-prefeito argumenta que estes foram deixados para que a nova gestão decida qual a melhor maneira de equaliza-los. “Não paguei contas da Embasa e Coelba porque considero que elas sejam abusivas. Mas a nova prefeita poderá decidir a melhor forma de fazer. Pode contestar os valores, pode parcelar. Pode até pagar na íntegra, pois o caixa tem dinheiro para isto”, refletiu.
Publicada no dia 05 de fevereiro de 2013, às 14h14
Gilberto Jr.
