Cidades

São Francisco do Conde: primo do segurança relata tortura

Publicado em 07/03/2013, às 11h28   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Mão amputada, olhos furados, cortes profundos na garganta e perfurações em todo o corpo. Segundo relato de parentes da vítima, estas eram as marcas deixadas no corpo do segurança Mesaque dos Santos Celestino, desaparecido desde 23 de fevereiro de 2012, encontrado morto em de São Sebastião do Passé. Um dos acusados pelo homicídio hediondo é o vereador, Sandro Valença da Silva, (PHS), 42 anos. Mas, nega o crime.

Um primo do segurança conversou com a reportagem do Bocão News e relatou com detalhes o que constava no laudo da Polícia Técnica. “Ele foi brutalmente torturando antes de morrer. Mesmo sem provas concretas que apontassem sua participação em um suposto roubo, ele pagou com a vida. Mas antes da pena, teve seu corpo dilacerado”, disse o primo de Mesaque dos Santos.

Com tudo, um dos acusados do homicídio, o vereador que seria o mandante do assassinato, teve o direito, a ele reservado, de não ser exposto à mídia e não foi apresentado junto os demais acusados.

Preso ao sair da sessão da Câmara Municipal de São Francisco do Conde, o vereador  não foi apresentado na quarta-feira (6), como anunciou a Polícia Civil. Mas o segurança dele, Márcio Vítor dos Anjos, 23, acusado de executar a ordem, foi apresentado na sede da instituição, na Piedade.

"Mesaque furtou aparelhos de som do comitê do vereador. E depois disso, seguranças de Sandro Valença capturaram ele, torturaram e depois atearam fogo na vítima, que foi encontrada carbonizada em uma localidade conhecida como Engenhari, na cidade de São Sebastião do Passé. A identificação só foi possível graças através do exame de DNA", disse o delegado ao Bocão News.

Na época, o delegado revelou  ainda que também foi preso Márcio Victor Moreira dos Santos, conhecido como Bidu: "ele é um dos seguranças do vereador que participou do crime", disse Olivieira, ressaltando que a polícia busca por mais três suspeitos. O vereador que não resistiu a prisão foi encaminhado sem algemas para sede da Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter), no Centro, em Salvador.

A reportagem do site conversou com a mãe do segurança que relata a rotina do filho dias antes de ser assassinado e como a família reagiu durante as notícias. O site publicará a reportagem na íntegra.


  Nota originalmente postada às 19h do dia 7

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