BNDES nega informação sobre financiamento de carreira artística de Gusttavo Lima

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) veio a público negar o empréstimo de R$320 milhões para a empresa One7, apontada como responsável por administrar a carreira do cantor Gusttavo Lima. De acordo com a nota do banco, o empréstimo foi destinado a um Fundo de Investimentos responsável por facilitar o acesso a crédito  de micro, pequenas e médias empresas e que tem tem a ver com o 'Embaixador'.

"O BNDES esclarece que é cotista do Fundo de Crédito denominado XP MPME I FIC FIDC (“FIC FIDC XP”). Participam do fundo, como gestora a XP, e como fintechs a One7 e a Acqio, e não há outro Fundo que envolva qualquer uma dessas instituições que conte com a participação do BNDES. O FIC FIDC XP tem o objetivo de oferecer crédito para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Portanto, seus recursos não são direcionados à prestação de serviços artísticos", ressalta trecho da nota.

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Em nota, a One7 explicou que é cotista de dois fundos - Four Even e XP Brasil MPME -, contudo, os dois possuem finalidades diferentes. O primeiro busca lucros em cima de revenda de shoes de artistas como o Embaixador, enquanto o segundo oferece crédito para pequenas e médias empresas. E foi este segundo fundo - XP BRASIL MPME, que recebeu o dinheiro do BNDES.

O papel da One7

A empresa de investimentos One7 é uma das donas de um fundo de investimentos (Four Even) que comprou os shows do cantor Gusttavo Lima. Entretanto, este fundo não tem relação alguma com o XP MPME I FIC FIDC, o qual a One7 também é cotista.

O Four Even opera no mercado antecipando para artistas o recebimento dos valores dos shows e passa a ser dono da venda das apresentações. Gusttavo Lima é um dos sete artistas em que os shows estão nas mãos deste fundo.

A One7 reforçou em nota que não administra a carreira do 'Embaixador'. ": não administramos carreira de artistas. Somos uma plataforma de serviços financeiros composta por fundos de investimentos (FIDCs e FIC) e uma securitizadora de crédito, as quais têm como objetivo a aquisição de direitos creditórios, ou seja, não possuindo qualquer veículo jurídico para a administração de carreira de artistas".

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